Thursday, January 13, 2011

3º dia - Comemoração

Ainda sou a primeira a acordar na casa. Quem diria... Dá tempo de ler o livro que eu trouxe. Redescobri, há pouco tempo, que tendo um livro estamos sempre em boa companhia e temos uma das melhores maneiras de passar nosso tempo. Quando o pessoal acorda, assistimos a mais um dos filmes infantis (desta vez sem a Xuxa). Eu me divirto igual. Torço pelo final. Peço para trancar quando vou pegar um suco. No fim, depois de alguma insistência, com o céu nublado, vamos para a praia. Já caminho, o sol vai dando a sua cara. O horário bem diferente do que eu, normalmente, iria em direção ao mar. Quase duas horas da tarde. Mas a idéia é ficar embaixo do guarda-sol, olhando o movimento e a água verde. Lá pelas tantas, começo os primeiros banhos. As ondas estão fortes e mais de uma vez me levam. Passo por duas crianças não rastejando porque uso as mãos para me amparar e isso evita que eu saia de lá toda arranhada. A menina que está comigo não tem a mesma sorte. Comigo? Mais ou menos. Não tenho coragem de me responsabilizar por ela. Recuso dar a mão. Já avisei a mãe dela. Não dou conta nem de mim. Para chegar à água é uma descida. Não chega a ser fundo, mas pega ondas furiosas. Talvez, se eu fosse mais para o fundo... Não tenho coragem. Saber nadar nestas horas, praticar todas as semanas como eu faço não adianta nadinha.
Nem é final de tarde e decidimos vir embora. Fazer nada também cansa. A praia segue cheia de gente. Não almoçamos ainda. Viemos para casa. Hoje é dia de jantar fora. Aniversário de casamento da minha amiga. Duas décadas já se passaram. É bastante, mas eu que já os conheci casados, sei que já se vai mesmo muito tempo. Vamos a um lugar que parece um pub. Amplo. Muito bonito. A comida é espetacular. Não mais cara do que em Porto Alegre. Nem mais barata também. Mas estamos em um shopping. Uma bela massa e um vinho branco gelado. Minha mãe ficaria louca com as sobremesas. Uma delas, para provocar a imaginação, se chamava “avalanche”. Minha amiga e a filha compartilham uma. Eu nem se quisesse. Pensei que não terminaria o meu prato. Para que o jantar seja ainda mais perfeito, não sou eu que pago a conta. Digo que já estou na mordomia, com hospedagem, café da manhã, sucos diversos. Minha amiga comenta que sou eu que estou pagando os taxis para ir para a praia. Está bem... Então, serei eu a continuar pagando. Não trouxe muito dinheiro, mas não pensei em voltar com ele.

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