Tuesday, August 26, 2008

Imprevisível

Nos Palcos da Vida, meu pai deve sair do hospital esta semana e, daí, me sobrará tempo e ânimo para voltar a escrever. Temas não faltam.

Friday, August 08, 2008

08/08/2008 - Olimpiadas de Pequim: espetacular ao infinito


Quem me conhece sabe que esportes não são o meu forte. Sou meio preguiçosa quando se trata de mexer o esqueleto, mas, isso não quer dizer, que não saiba apreciar e até invejar quem ache fazer exercícios o máximo. Por que estou falando nisso? Bem, esta é a minha introdução para falar das Olimpíadas de Pequim. Quer dizer, da sua abertura, pois, o resto ainda não começou.

Não tinha me preparado especificamente para ver, mas, estava interessada. Afinal, é um acontecimento e tanto e jornalistas gostam de todo o tipo de informação, principalmente, aquelas vindas do outro lado do planeta. O que me impressionou em todo o espetáculo foram esta capacidade e esta intenção de misturar a parte tecnológica com o ser humano. Achei isto fascinante. Inteligente. Usar os mais poderosos recursos e mesclar a isso: gente! Como não vai ficar bonito? E em se tratando dos chineses, nem é preciso se preocupar que não estará perfeito. Já de cara, fiquei boquiaberta com os “tambores” que se iluminavam ao toque de pessoas para fazer, simplesmente, a contagem regressiva. Fantástico. Era a high-tech associada ao high-humain. Emocionante. Juro por Deus que consegui localizar um que se perdeu por alguns segundos!

Seguem-se a isso muitas cores e história (excluindo as partes que eles mesmos chamam de “da vergonha). Outra coisa que me impressionou bastante foi o globo no meio do estádio com pessoas presas em cabo de aço fazendo o seu contorno, enquanto eram projetadas imagens de atletas praticando suas modalidades. Absolutamente, surreal. Tenho que citar também a questão dos fogos de artifício. Um show a parte. Não só pela enorme quantidade durante todo o espetáculo, mas, pela forma como era programado.

Confesso que não vi tudo. Assisti até entrar no estádio a delegação do Brasil. Sai e voltei no final, perto da hora de acender a tocha olímpica. Enquanto ouvia Galvão Bueno preparando os telespectadores para uma surpresa, pensava: “e se eles simplesmente forem lá e acenderem? Vai ser frustrante, depois desta provocação e expectativa” Mas, não. Eles não fariam isso. E foram além do que pudesse ser imaginado. Depois de a tocha passar pelas mãos de vários atletas que representam tudo de bom das Olimpíadas, eles ainda suspenderam um deles para fazer todo o contorno do estádio (que já é um sonho arquitetural), como se corresse no ar, algo lindo de ser visto. Sim, porque descrever fica, realmente, difícil. Embora discorde, completamente, quando o Galvão agora resolve dizer: “sem palavras”. Como assim? Ele está lá, ganhando uma bela grana justamente para comentar e vem com essa? Ou então, descreve o que a gente está vendo...Detalhe: eu simpatizo com o jeito dele.

Outro aspecto que gostaria de destacar tem a ver justamente com a globalização. Essa possibilidade fascinante de estarmos acompanhando ao vivo aquele estádio repleto de gente no exato momento em que está sendo realizado o evento. Sem isso, como poderíamos saber que há gente como a gente? Ok...não bem como a gente, pois aquela precisão de movimentos, aquela língua e todas aquelas etnias causam, realmente, um certo estranhamento. No entanto, não tem como negar que todas aquelas pessoas ali desejavam fazer o melhor e por algumas horas, sonharam, assim como eu ou você, por um mundo melhor. Impossível? Depois deste espetáculo, é melhor rever este conceito.

Algo que não tenha me agradado? Sim, mas, claro que estava buscando a absoluta perfeição. Não gostei dos atletas brasileiros aparecendo na minha tela tirando suas próprias fotos e filmando a si mesmos. Considero que estar ali desfilando é uma honra e parte de uma cerimônia oficial. Hora de desfilar é hora de desfilar. Depois, pega a cópia das imagens com os amigos, fotografa todos os outros dias, sei lá. Ali, não.

Thursday, August 07, 2008

Crise felina


Meu gato machucou a pata. Nem percebi. Minha mãe me mostrou que ele não estava colocando a pata no chão no dia da festa dos meus colegas de mestrado. Era uma quarta-feira. Comentei: "se até sexta ele ainda estiver assim, levo no veterinário." Claro que isso implica em tempo e dinheiro. Duas coisas que não andam sobrando muito ultimamente. Cumpri a promessa. Sexta-feira levei o bichano para consultar em um dos lugares indicados por minha irmã. Obscecada por gatos. A veterinária disse que ele devia ter feito uma pequena fratura. Pediu para o gato ficar para ser anestesiado, pois, só assim, colocariam a pata no lugar. As atendentes diziam: "teu filho isso, teu filho aquilo" e eu, discordando internamente, pensava: não tenho filho gato! Mas, confesso que fiquei ressentida de chegar com o bicho e sair sem ele. Ficaram de me ligar quando ele estivesse bem. Esqueceram. Quando liguei, ele já estava acordado e entalado! Fui buscar. Começava, então, a saga para mantê-lo preso em casa. Acostumado que está de subir os telhados. De tala e tudo, ele queria. Então, corri para comprar o colar elisabetano. Algo que eu adoraria usar se a moda voltasse. Acho chiquérrimo. Nos bichos, sempre me deu dó. Pronto. Esbarrando em todos os cantos, ele não tinha mais segurança para sair porta a fora. Começava o meu remorso. Coitado do bicho. Pata entalada e aquela coisa ridícula e incômoda no pescoço. Mas, cada vez, que pensava em dar mole, ele subia muro acima com pata ruim e tudo. E assim passaram-se dois dias. No Domingo, meu sobrinho veterinário que trabalha com exames clínicos, disse: "está muito inchado. Assim, não dá para ficar." Soltou um pouco e disse que eu deveria voltar ao veterinário. No dia seguinte, fui recebida com: "ainda bem que tu vieste. não pode ficar assim". Tala tirada, pata livre. Era hora de esperar que desinchasse. Estava mais grave do que antes. Resolvi partir para uma segunda opinião. Pediram radiografia. Bem, era um bom sinal. Meu sobrinho havia dito que era necessário. Só que a "lindinha" pediu a radiografia da pata errada e no lugar que a fizeram, vários quarteirões de distância percorridos de carro com o gato miando, cumpriram a ordem. Foi a própria que vendo o resultado: nenhuma alteração óssea, se questionou: será que está certo? Não, não estava. Estaca zero. Dia seguinte, nova radiografia. Mais R$ 50,00. Preciso dizer que não deu em nada o meu questionamento sobre se seria eu que teria que pagar novamente? Mesmo diagnóstico. Medicação pedida pelo tele-veterinário para uma suposta inflamação (não faço isso nem pela minha beleza). Mais dois dias e o gato parece melhor. Mas, continua indócil para ir muro acima. Também pudera! Eu, por outro lado, estou exausta...Não só porque me preocupo com o bichano, mas, por que me apavora pensar que não é diferente quando é com gente. Ok. Acho que um antigo amigo meu (com quem não me encontro mais) tinha razão: sou mimada! Afinal, o que seria de mim se esbarrasse com a dura realidade das nossas crianças? Faltariam lágrimas, isso é certo!
PS: Escrevo isso enquanto não sei por onde ele anda. Alguém deixou a porta aberta e ele se foi. Meus olhos estão inchados, é claro!