Friday, December 26, 2008

2009 = ANO DO SOL!



Tania Cavalheiro, minha amiga numerologa, mandou algumas dicas para 2009 que resolvi compartilhar com vocês:

Na astrologia, 2009 vai ser regido pelo Sol, o centro do nosso universo, o que nos instiga na busca da expansão.

SOL fornece energia, vida, força e calor. Começa por portar-te ( e sentir-te) como o que és: o centro do teu universo! BRILHA, aparece, irradia energia e luz!

2009 vai te propiciar a chance  de criar, de “ser”  e de organizar.

Uma dica: PRECISAS ter projetos em mente, ok?

Será um ano de grandes desafios, então estabelece metas e caminhos pra chegar a elas e não saias dos teus planos nem permitas interferências alheias.

Busca tua individualidade te policiando para evitar o egoísmo, a arrogância e o orgulho.

Na mitologia grega, SOL era associado a Apolo (beleza!) então capricha no visual, cuida da tua aparência e da tua saúde.

BRILHA  por dentro e por fora, TU PODES!

A soma de 2009 é 11, que resulta em 2. Isso mostra que será um ano no qual deveremos ter muito tato, força de caráter e paciência.

Nada de querer que as coisas aconteçam de forma instantânea. Observa o que acontece ao teu redor, ouve a voz de tua intuição e cuida dos sentimentos.

Vais colher exatamente o que plantares!

2 na numerologia é sinônimo de paz, união e harmonia. Não é uma linda chance?!

Wednesday, December 24, 2008

Estou roubando este texto do perfil do Orkut de uma amiga, da qual não vou dizer o nome porque não pedi licença! Mas, acho muito perfeito. Só troquei o lance do signo, para encaixar com o meu. O resto, acho que é assim com todo mundo, por isso, cometi este gesto ilícito de copiar e colar. Somos assim mesmo...muitas. Acadêmicamente falando: é uma questão de recepção!

"O horóscopo diz que sou libriana com ascendente em peixes, minha mãe diz que eu sou preguiçosa, minha irmã diz que sou bagunceira, uma amiga diz que sou perfeccionista, um amigo diz que sou madura, meu irmão diz que sou infantil, uma colega diz que sou tímida, outra diz que sou louca, um guri já me chamou de patricinha, uma guria disse que sou estilosa, na rua já gritaram: ET!, e tb: gostosa... um ficante disse que sou fogo, outro disse que sou fria, um cara me disse que sou misteriosa, outro me disse que sou cheia, alguém disse que sou boa atriz, minha professora disse: tá horrível!... uma pessoa disse que sou inteligente, um cara me disse que quase tenho uma falha de caráter, uma pessoa diz que sou chata, outra me chama de amiga, já me chamaram de lady e de barraqueira, já me chamaram de liberal, já me chamaram de ciumenta, já me chamaram de palhaça, já me chamaram de emburrada, já me disseram que estou à frente dos meus tempos e já me disseram: evolua!... já arregalaram os olhos e me disseram: que corajosa! já me disseram: ah vai pôr uma mochila nessas costas! já me chamaram de calma, já disseram que sou neurótica, já disseram que sou estressadinha, já disseram que tenho um bom coração, já disseram que sou narcisista, dizem que sou debochada, dizem que sou negativa e já me chamaram de idealista, dizem que sou teimosa, já me chamaram de hippie e de capitalista egoísta e nazista, dizem que sei o que quero, já me perguntaram: o que tu quer?...

Sunday, December 21, 2008

Um ritual de casamento

Hoje, fui a um casamento que teve um ritual budista. Lindo...Uma das coisas que eu achei muito bacana é que eles acreditam que para o relacionamento dar certo é preciso a presença dos elementos terra, água, fogo e ar e eles explicam por quê. O noivo lava os pés da noiva (e vice-versa) para limpar todas as vivências negativas anteriores, abrindo espaço para as que estão começando com a união dos dois. Teria muitas coisas para escrever sobre, mas, este calor do dia todo me deixou mortinha e se esperar descansar vou acabar entrando 2009 sem dizer nada. Então, coloco aqui a mensagem do convite da minha amiga que eu achei maravilhosa e uma foto dela linda de morrer! Foi minha professora de yoga por muitos anos, agora é uma grande amiga. Aproveito para dizer Namastê que para quem não sabe quer dizer que o Deus que está dentro de mim, saúda o Deus que está dentro de cada um. 

"Hoje eu caso com meu amigo, o único com quem eu tenho rido e chorado. O único com quem aprendi e compartilhei. O único que eu escolhi para apoiar, encorajar e dar a mim mesma todos os dias que nos for permitido compartilhar. Hoje eu caso com meu único amor."

Thursday, December 18, 2008

De olho no meu umbigo

Estou literalmente de olho no meu umbigo. Fazendo exercícios e fechando a boca para perder a barriga que está em volta. Mas, só fui perceber isso quando li a notícia ontem, quarta-feira, sobre o jornalista iraquiano que atirou os sapatos em Bush no Domingo. Nem sempre me interesso por notícias políticas. Internacionais, então, menos ainda. Mas, vamos ter que concordar que esta, além de interessante, é divertida.

Eu, assim como escreveu Marta Medeiros em sua coluna da Zero ontem, não consigo aprovar estas manifestações de jogar torta na cara dos políticos, ovos, tomates e fazer estas coisas terrivelmente constrangedoras, sejam as vítimas merecedoras ou não. Ainda acho que a palavra deve ser a nossa arma. Quanto mais de jornalistas! No entanto, pensar no instante que inspirou este jornalista a tirar os seus sapatos e jogar no ex-presidente é algo que me atrai. A agência France Press disse que suas palavras na hora do arremesso foram:É o beijo do adeus, espécie de cão”.  Direto lembrei de uma tia que tem uma ojeriza aos americanos. Rebate qualquer um que tente dizer algo a favor. Nada escapa. Ela deve ter vibrado com a notícia. O problema é que acabam tratando o caso como se o autor da atitude tivesse tentando ou mesmo conseguido dar um tiro no dito cujo, o que não é nada incomum na história política americana. Aliás, gente muito boa (diferente deste caso) já foi vítima.

Afinal, os sapatos...Acho até que quem saiu perdendo (mesmo antes da punição) foi o jornalista. Porque mesmo sendo sapatos baratos, nada parecido com os de Carrie Bradshaw dos Sex and the city, não deixa de ser um desperdício. Por outro lado, a cena valia cada centavo. Pena que o jornalista tivesse uma mira tão ruinzinha.

Quanto a Bush tentou fazer uma de suas piadinhas dizendo que só calçava o número 10. Espero, do fundo do coração, que ninguém tenha rido na hora. Afinal, mesmo os puxa-sacos poderiam dar uma folga agora que ele não é mais o presidente.  Bem, mas, por falar nisso, “I don’t wanna walk in your shoes” Obama!

Wednesday, December 10, 2008

Falando de pretensão

Escolhi como tema para a minha pesquisa de mestrado a crítica teatral. Não foi uma escolha ao acaso. Como jornalista e apaixonada por teatro, esta questão estava sempre presente. Creio que nem preciso dizer que logo percebi a grande lacuna que há no Rio Grande do Sul em relação a este tema. 

Bem, o primeiro ano de mestrado já está no fim e confesso que não foi um período fácil. Do meu projeto, apresentado para seleção dos escolhidos para fazer o mestrado, até agora, muita coisa mudou. Meu primeiro contato com o meu orientador Edélcio Mostaço foi interessantíssimo e impactante. Enquanto o escutava falar com tanta propriedade, via minhas questões sobre quem deveria fazer crítica, quais eram os critérios da crítica, etc, etc, caírem por terra. Precisávamos falar na morte da crítica. Ou seja, meu projeto era um natimorto. Embora o trabalho ainda nem tivesse começado não me parecia, naquele momento, tão simples mudar a rota. E agora? Pensei. Mas, tive a humildade de não rebater os aspectos que estavam sendo apresentados por uma pessoa que subiu aos palcos, exerceu a crítica por muitos anos e obteve reconhecimento nacional. Não seria pretensão. Não seria ousadia. Seria burrice.

 

Então, tudo o que tinha a fazer era recomeçar com outro olhar o meu trabalho e foi, então, que ele se tornou ainda mais atraente. Hoje, 10 meses depois, vejo que meus questionamentos eram ingênuos, que não estava dando a atenção a questões mais importantes do que o como fazer crítica. Que é preciso discutir o por que e o quem a fará. Ainda é muito insipiente a minha pesquisa (em março, achava que já estaria com tudo quase pronto), mas, olhando a história da crítica pude concluir que estas idéias que temos sobre quem pode fazer crítica é algo que nos foi imposto. No início, a crítica era uma voz que questionava o poder reinante, mas, depois, ela passou a ser este poder. Chegou um momento em que os acadêmicos estabeleceram diversas regras, estilos e sabe-se lá mais o que para julgar, avaliar o que era posto em cena.   que por mais que os fazedores de teatro se sintam abalados com o que é escrito sobre o seu trabalho, trata-se de uma ilusão achar que isso, hoje em dia, influi na quantidade de público. São outros fatores. Talvez, até as fases da lua...Ok. Exagerei. Mas, não são as críticas. Ao contrário, quantos exemplos temos de que críticas extremamente negativas levam a platéias cheias? Imagino que isto ocorra justamente porque as pessoas não querem que alguém julgue as coisas por elas. Querem ter suas próprias opiniões. E eu, acho isso ótimo. Ainda não tenho a menor idéia de que rumo a minha pesquisa irá tomar no futuro. 

Mas, percebo e acho engraçado que algumas pessoas tentem defender uma reserva de um mercado que nem existe: o dos críticos. Dizem que não pode ser qualquer um a comentar, mas, sabem definir o que este qualquer um deveria saber para ser aceito? O levantamento que fiz até agora de todas as pessoas que mantém algum espaço com críticas de teatro em blogs, sites, comunidades, são de pessoas que estão relacionadas com a arte, que estudaram estes temas, que atuam na área e por aí vai. O que não deveria surpreender ninguém, pois, quem iria se dispor a escrever sobre teatro sem ser alguém que se interesse muito por ele? Tem que ter disponibilidade para ir assistir aos espetáculos e depois ter a paciência e a coragem de escrever sobre. Definitivamente não é para qualquer um. Assim, não vejo porque o temor. Além disso, acredito (até prova em contrário) que uma boa forma de manter esta arte viva é falando e escrevendo sobre ela.  Os meios virtuais facilitaram isso. Que prejuízo isso pode causar, afinal? Manter o teatro em uma redoma, intocável e indiscutível e acessível somente a eleitos é matar a sua essência.  Para mim, o crítico é mais um expectador e quem faz teatro sem querer ter o retorno do que está fazendo está no rumo errado. 

Décio de Almeida Prado, considerado um dos maiores críticos do Brasil, escreveu uma carta de despedida, dizendo que não tinha mais como criticar o teatro que estava surgindo onde todos os parâmetros estavam desaparecendo e encerrou sua carreira. Pode-se concluir daí, que esta tarefa ficara ainda mais difícil e que tenha surgido, a partir deste momento, todo este caos sobre a crítica. 

Estou sendo muito pretensiosa com o título: A crítica teatral na era digital – da poética a cibernética, mas, tenho consciência disso e estou pronta para correr os riscos. No entanto, não tenho muito a perder. Lá se vão mais de 20 anos quando ainda estava começando a tentar achar meu lugar no mercado (coisa que continuamos fazendo sempre), mas, já não há mais porque não ousar, não provocar polêmica. Foi esta maneira que conquistou o diretor da Aliança Francesa de Porto Alegre que me abriu o espaço no site www.afpoa.com.br para o que ele chamou La Chronique d'Helena, onde falo sobre a cultura francesa, outro tema que me apaixona. 

Nas pesquisas que fiz, recebi respostas maravilhosas, de gente muito reconhecida no meio teatral e acadêmico, doutores, mestrandos, atores globais, etc,etc, mas, também tive dois críticos que se manifestaram negativamente. Um apenas disse que não responderia a SPAM (?) e outro ficou chocado com a contundência do meu título e disse: “Mas, o que é isso? O teatro é mais gentil.” 

Bem, o teatro eu não sei, mas, os espaços virtuais acho que devem ser. Sou totalmente contra usá-los para denegrir a imagem de quem quer que seja.  Fora isso, fico bastante feliz quando tenho retorno ao que escrevo aqui, pois, antes, tudo acabava guardado em minhas gavetas e eu perdia a chance de compartilhar com outros idéias e pensamentos, o que acho muito enriquecedor e estimulante. 

Tuesday, December 09, 2008

Projeto Picasso – um sonho realizado


À convite de Thiago Pirajira, que foi meu colega no DAD e com quem muito simpatizo, fui assistir O Projeto Picasso, com direção de Julia Rodrigues. O espetáculo, baseado no texto As Quatro Meninas de Pablo Picasso é apresentado por seus autores como o resultado de uma pesquisa de linguagem e identidade do Grupo Barraquatro.

Tenho lido em textos escritos pela classe que os espetáculos que são realizados por alunos em fase de experimentação não devem ser avaliados com os mesmos critérios dos demais. O Projeto Picasso, para mim, é uma prova de que isso não é sempre verdade. Por quê? Porque se trata de um espetáculo extremamente bem feito, digno de qualquer espaço teatral e de uma bela temporada. E digo isso com alívio e alegria, pois, justamente neste momento acontece uma polêmica na comunidade do DAD sobre um comentário que fiz sobre as apresentações do departamento serem pretensiosas. Tudo que este não é. 

A simplicidade da proposta (que sem dúvida exige complexidade em sua execução) é arrebatadora. O trabalho é realmente de um grupo e de talento, sem celebridades, mas, com várias estrelas, pois, sem dúvida, brilham. A trilha sonora nos delicia. Projeto Picasso traz para a cena uma delicadeza da qual acredito que o teatro esteja necessitando e o público ainda mais. Nesta mesma linha do simples está o figurino e o cenário, mas, não há como continuar vendo um pano branco da mesma maneira depois de ver o que este pessoal fez. E que jeito criativo de fazer uma cadeira entrar em cena! Elementos como o fogo, a água e o ar se fazem presentes real ou metaforicamente. 

Estavam certos aqueles que disseram que é preciso assistir os espetáculos para poder comentar, mas, não fui eu que disse, mas Bárbara Heliodora, que o grande problema dos espetáculos ruins é que eles afastam o público do teatro por muito tempo e, às vezes, para sempre e é por isso que fico tão constrangida e provocada quando isto acontece. Felizmente, não foi o caso. Assim, pude ver atores como Thiago, a Carol Pommer, a Daniela Dutra, a Juliana Dias e a Kayane Rodrigues provocando risos e emoções com gestos, expressões e movimentos totalmente integrados e que nos falam, mesmo quando não há texto. Saí do teatro com a alma lavada, com a leveza que a má-fé e as maledicências costumam consumir no nosso dia-a-dia. Espetáculos como este colaboram para que esta arte maravilhosa do teatro continue viva. E eu também. Obrigada Barraquatro!

Monday, December 01, 2008

PÓS SEGUNDA DRAMÁTICA

Não pude acompanhar, realmente, a programação das Segundas Dramáticas, atividades realizadas no Departamento de Artes Cênicas da UFRGS durante o ano.  Recebia os convites, colocava na agenda e no dia alguma coisa acontecia e me impedia de ir. Nestas ocasiões, ficava sempre aquela sensação de perda. Assim, quando soube que seria a última apresentação do ano, comecei a me programar bem antes. A proposta era uma conversa sobre Dramaturgia com Ivo Bender e Jorge Furtado. Dois nomes que, sem dúvida, impõem respeito, sendo que do primeiro, como sempre confesso minhas fraquezas, pouco sei e muito ouço falar há anos. Do segundo, acompanho há bem mais tempo. Ainda era estudante de jornalismo quando comecei a ir a Gramado para participar do Festival de Cinema de Gramado e ele já era presença destacada por lá.

Bem, mas, antes da tal conversa, estava prevista uma leitura dramática da colagem de textos produzidos durante a oficina de Criação dramatúrgica com o Bender. Já estive em outras leituras e quando dá para ser ruim, é trágico. Se teatro mal feito é lamentável, leitura dramática mal executada é um tédio absoluto. No entanto, não foi assim.  Foi muito bom ver gente nova sabendo dizer um texto. Todos mostraram competência em relação a isso. Agora, Ian Ramil tem um jeito de estar no palco que merece destaque. É um jeito despretensioso, natural, mas, ao mesmo tempo impactante, convincente que se transforma de acordo com o personagem lido. Personagem? Na leitura nem chega a ser isso. Mas, Ian os fez aparecerem. Eu os vi.

 

Logo depois, começou a conversa. Ivo Bender falou sobre a oficina e foi logo dizendo: “É muito penoso escrever”. Ele atribui a isso o fato das pessoas irem desistindo dos laboratórios, na época em que ele ministrava aulas no departamento e, agora, da oficina. No entanto, segundo ele, aqueles que ficam produzem algo interessante. Para ele, o ator tem outro feeling em relação ao texto. “Quem tem experiência de palco, tem mais facilidade na redação dramatúrgica”, afirmou. Disse também que para escrever era preciso ler muito, tudo. Jorge Furtado foi entrando na conversa dizendo que era um leitor compulsivo e que ficava sempre com a impressão de que ainda há muito para ler, que não leu nada. Explicou que, no início, achava que havia dois mundos inconciliáveis: o das palavras e o das imagens até que assistiu Deu pra ti anos 70 e acreditou que era possível uma relação entre os dois. “A escrita exige três coisas: memória, observação e imaginação”. Para ele, é o que possibilita escrever algo. Disse que depois a gente não sabe mais o que é uma coisa ou outra. Que, muitas vezes, pensa que está se lembrando de algo que viveu e, na verdade, é algo inventado. Falou das preocupações que tem como diretor e que, várias vezes, lê, pensando: “e se eu for filmar como faço?”. 

Ivo Bender disse que uma das primeiras coisas que fala para quem está começando a escrever é: “não tente ser Shakespeare, nem Racine, nem Molière”.  Defende que existem elementos que podem ser identificados em um bom texto. Para ele, isso só se perde no teatro pós-dramático que ele considera “um bom barbitúrico”. Jorge Furtado disse que os textos que vão ser transformados em cena têm que ser lidos em voz alta. Contou que ele criara uma piada em que o homem dizia que havia abandonado a mulher porque ela comprara uma calça de couro. Como esta última palavra não foi compreendia pela platéia, a piada se perdeu.

Comparando literatura e cinema, Furtado disse que o cinema tem um tempo, que a literatura não tem. No primeiro, cabe ao diretor definir que tempo será esse em cada cena e, na leitura, o tempo é o do leitor, ou seja, pode levar anos. E, apesar de dar exemplos de quantos aspectos precisam ser levados em conta na hora de filmar, garantiu que “nada supera o texto”. Deu como exemplo a afirmação do quadro de Magritte: Isto não é um cachimbo, para mostrar que só na linguagem escrita é possível empregar a negação. “No entanto, o cinema é comovente”.

 

Ambos fizeram indicações de leituras imperdíveis. Jorge Furtado disse que Gonçalo de Tavares chega a ser irritante de tão bom e Ivo Bender disse que seríamos, praticamente, amaldiçoados se não lêssemos até o final do ano O Romanceiro da inconfidência, de Cecília Meirelles. Baseada na competência destes dois, acho melhor seguir estes conselhos. 

Autores dos textos da leitura dramática: Alexander Kleine (Cargo de Desconfiança), Clóvis Massa, (Das Profundezas), Marcos Chaves (Quartas-feiras de Três Notas) e Shirley Rosário (Emma Zunz, de Borges)

 Direção de LUCIANA ÉBOLI 

com Francine Kliemann, Ian Ramil, Karine de Bacco, Luísa Herter e Pablo Damian.