5º dia - turismo
Café da manhã/almoço, filme infantil. Já está virando um hábito carioca. Céu nublado. Insisto para irmos para a praia. Dessa vez, para zona sul. Isso implica em pegar um táxi até o terminal de ônibus e um ônibus até Ipanema ou Copacabana. No primeiro, o motorista se põe a falar loucamente. O assunto? Casamentos. Dele, da atual mulher, de outras mulheres...Eu aproveito a presença da minha amiga para não dizer uma palavra. Digo para ela que a partir de agora ela vai falar que eu sou surda ou que não compreendo a língua. “Pardon, excusez-moi”.
Para conseguirmos descobrir o ônibus minha amiga chega a balançar a mão na frente do rosto da pessoa que coordena a saída deste. Comento com ela que é como estar morta e não poder ser vista, nem ouvida. O ônibus tem ar-condicionado. O que no calor abafado do Rio é muito útil. A paisagem do trajeto é muito linda. Penhascos, altos morros e o mar lá embaixo. Água azul. Água verde. Começo a reconhecer o trajeto. Decidimos descer em frente ao Copacabana Palace. De longe, enxergo o Cristo. Pensei que fosse embora sem vê-lo. Agora, lá está. O mar não está tão bonito quanto na Barra. Nem vejo pessoas bonitas tão pouco. Mas não dá para fazer comentários sobre os cariocas. Não são eles que estão ali. É tempo de férias. Eles estão em outros lugares. Estamos cercadas por pessoas de outras nacionalidades, de outros estados. Os papéis atirados no chão na minha frente me incomodam. Pego um saco e junto. Pronto. Agora sim posso aproveitar a vista.
Duas horas depois, é hora de voltarmos. É sexta-feira. Os transportes e o trânsito se complicam no final da tarde. Minha amiga decide pedir umas batatas fritas para a filha. Estamos em um dos lugares mais turísticos do mundo e a espera é de mais de 45 minutos. Perdemos três ônibus enquanto isso. Felizmente, quando os pingos de chuva começam conseguimos um ônibus que vai nos levar até a frente do condomínio. Descubro, finalmente, que pegar táxi é mais um hábito da minha amiga do que algo imprescindível para o deslocamento. Em “casa” vemos uma nova versão do Príncipe e o sapo, comemos pizza, tomo vinho e vou ler Cachinhos dourados antes de dormir. Não tenho fôlego para uma segunda história. Como as crianças pequenas, os olhos pesam...
Amiga, escreves sobre o cotidiano e parece poesia!
ReplyDeleteEstou iniciando minha viagem em teu blog e me deliciando...OBRIGADA!
PARABÉNS!!!