Wednesday, January 27, 2010

Arte na pele


Já há algum tempo meu espírito jornalístico (estou começando a me convencer de que isso existe mesmo) fica me cobrando sobre um assunto que nunca me interessou particularmente, mas que, de uns tempos para cá, vem me instigando. Trata-se de: tatuagens. Claro que não é de hoje que vejo as pessoas nas ruas, reportagens sobre isso, etc. Mas o que mudou nos últimos dois anos foi que, em meu contato com Roger Kichalowsky, tenho acompanhado as tatuagens que ele tem feito. Hoje, já são nove.

Logo que ele começou a fazê-las, eu perguntei se não ficaria estranho quando ele envelhecesse. Ele me disse:

- Haverá toda uma geração da minha idade tatuada também.

Confesso que não tinha pensado nisso.

Mas ele não é a única pessoa que conheço mais de perto que se tatua. Aliás, conheço muitas na verdade. Até minha irmã tem uma borboleta. Não sei se o fato dela também ser artista plástica tem alguma coisa a ver com isso.

Outra pessoa tatuada que faz parte das minhas relações é Virginia Debize que morava do lado da minha casa quando eu era pequena e que muito peguei no colo. A Gika já é famosa na cidade por ter várias partes do corpo tatuadas. Ela também responde de forma bem humorada a esta questão da idade. Em entrevista publicada na Zero Hora, quando perguntaram se ela não se arrependeria quando ficasse velha, ela disse: “Serei uma uva passa colorida, uma velhinha diferente”.

No entanto, para quem pensa que é um modismo dos tempos atuais, é bom saber que a tatuagem já aparece na arte pré-histórica, quando alguns povos cobriam o corpo com desenhos. Pelo que pesquisei, há uma hipótese de que no começo as marcas eram involuntárias, adquiridas nas guerras, lutas ou caças e que provocavam orgulho e reconhecimento a quem as possuísse. Assim, os homens começaram a fazer marcas de propósito. A partir daí, várias culturas começaram a usar pinturas por motivos espirituais, rituais e para marcar fatos da vida biológica: nascimento, reprodução, virar guerreiro, sacerdote ou rei; casar-se, celebrar a vida, identificar os prisioneiros, pedir proteção ao imponderável, garantir a vida do espírito durante e depois do corpo.

Para as tatuagens do Roger ele diz que não há um significado. Segundo ele, desde que fez o curso de Artes plásticas já pensava em usar o corpo como “suporte”.

- Cheguei a querer fazer várias coisas, mas queria escolher a imagem certa. Ainda bem que esperei. Fiz a primeira tatuagem em 2007 e já aproveitei para fazer também um vídeo que filmava o processo, transformando este momento em uma performance. Aliás, a arte e a música fazem parte da vida de Roger há bastante tempo.

Perguntei a ele se as tatuagens tinham a ver com o fato dele ser rockeiro. Ele disse que sim, acaba compondo um visual que, com certeza, vai interferir na imagem que as pessoas vão fazer da Sweet Freedom. É a banda que ele e Tomas Barth formaram no final de 2009 e vão lançar em março, só com músicas de autoria dele. “O som é 'pegado', rockão mesmo, com peso, forte, com calor".

Quanto à dor para fazer as tatuagens, ele considera que é suportável, mas, primeiro diz que chegou, algumas vezes a pensar em desistir, depois se corrige: “não a desistir, mas a deixar para continuar depois”. Porém, diz ele que a vontade foi sempre maior.

Várias de suas tatuagens são desenhos inspirados em produções de outro artista plástico, Luciano Montanha. Roger explica que as adaptou para a parte do corpo onde pretendia colocá-las. Suas imagens são simplificadas e em sua maioria só usando o preto. Naquelas em que usou cor foram apenas as cores primárias. Todos os desenhos são exclusivos.

Kichalowsky planeja tatuar 30% do corpo. Disse que já tem um desenho pronto para canela e para a coxa e para costela, onde disseram que a dor é ainda maior.

Se eu gosto? Confesso que depende muito de quem é o tatuado e qual é a tatuagem. O que me dá uma certeza de que valorizo mais o “conteúdo” do que a “embalagem”. Brincadeiras a parte, me tranqüiliza pensar que não julgo as pessoas pelo exterior. Mas, penso que, mesmo que a tatuagem em si não queira dizer nada, ser tatuado não é para qualquer um e carrega em si uma irreverência, um não-conformismo. Afinal, se não fosse assim, por que este desejo de mudar a natureza?

Se me tatuaria? Talvez fosse até terapêutico já que tudo que me remete a algo permanente me dá agonia. Não me importaria, por exemplo, de raspar a cabeça. Costumo dizer para estas mulheres que tem um troço por causa de um corte de cabelo mal feito que é algo que se recupera e que poucas coisas na vida são assim. Mas, já pinturas definitivas na pele é muito diferente. O certo é que como Roger, não faria algo sem pensar bem antes. Escrever nomes de pessoas ou tentar perpetuar coisas que podem se tornar passado, nem pensar. Se bem que achei legal um casal que, em vez de dividir alianças, fez a mesma tatuagem no antebraço, com os dizeres: “nitimur in vetitum” (“Lançamo-nos ao proibido”, em latim).

Mas, até hoje, meus dois sinais de nascença me bastam.

Embora os tatuadores costumem dizer que existem dois tipos de pessoas que chegam aos seus locais de trabalho: aquelas que querem entrar na moda e aquelas que querem tatuar algo que marcou suas vidas, Roger parece pertencer a um terceiro tipo: o que usa o corpo como tela para sua arte.

Um pouco de história

Em 1991, quando a múmia mais antiga do mundo, encontrada na Itália e datada de 5.300 anos antes de cristo tinha tatuagens que acompanhavam a espinha dorsal, além de uma cruz nas coxas e desejos tribais por toda a perna estava provado que estávamos falando de uma “técnica” muito mais antiga do que pensávamos. Já a segunda múmia mais antiga do mundo, uma princesa egípcia, foi encontrada com uma grande espiral desenhada na barriga e provava que nem as tatuagens em mulheres são algo recente.

Outros povos mais antigos se tatuavam para ter força e poder e acreditavam que os traços ficavam marcados na alma, permitindo que fossem reconhecidos após a morte. Bom, nem pretendo me aprofundar na quantidade de tribos e comunidades que usavam a tatuagem pelas mais diferentes razões. Desde distrair os inimigos, agradar aos deuses, seduzir o ser amado. Além disso, até os cristãos também usavam o sinal da cruz marcado no corpo como reconhecimento. Na Idade Média as coisas mudaram. As pessoas tatuadas passaram a ser perseguidas, aprisionadas e mortas. Ser tatuado no Japão feudal era pior do que a morte, pois abalava seu status social. Já os índios americanos acreditavam que uma divindade aguardava a chegada das almas e exigia ver as tatuagens para lhe dar uma passagem para o paraíso.

A palavra “tatoo” tem origem no som que os ossos finos usados como agulhas faziam ao ser batidos por uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele. Felizmente, hoje, as tatuagens são feitas com pigmentos importados de origem mineral, principalmente, e com agulhas específicas para tatuar, sempre descartáveis e nunca reutilizadas (mesmo que seja na própria pessoa). Isso sem falar nas pomadas anestésicas.

No Ocidente, a tatuagem foi chegar no século XVIII e já na segunda metade do século XIX se transformou em moda entre a realeza européia. Nos Estados Unidos, ela vai se popularizar nos anos 70, reproduzindo imagens como de Marilyn Monroe, James Dean e Jimmy Hendrix. Nessa mesma época, os surfistas lançaram a moda de braços decorados com dragões e serpentes. Na década de 80, foi a vez dos tigres e das águias.

No Brasil, o precursor da tatuagem foi um cidadão dinamarquês chamado Knud Harald Lucky Gegersen, conhecido popularmente como Lucky, ou Mr. Tattoo. Chegando por aqui em 1959, Lucky se estabeleceu em Santos-SP, utilizando seu talento e suas técnicas de desenhista e pintor profissional.

Atualmente, a tatuagem ganhou as ruas do mundo todo e já não está mais ligada a nenhuma idade ou classe social específica.

Os Tipos de Tatuagem

Tradicional: (tatuagem de marinheiro): São aqueles desenhos tradicionais, como uma âncora ou uma gaivota, aliás, os marinheiros foram os grandes divulgadores da tatuagem pelo mundo.

Sumi: técnica oriental que utiliza bambu ao invés de agulha. Geralmente os desenhos são ricos em detalhes.

Realista: desenhos que imitam o mundo real, como mulheres, pássaros e personalidades.

Estilizada: como o próprio nome já diz, são desenhos estilizados.

Alto relevo: muito difundida entre os índios. A pele é dissecada formando desenhos com uma infinidade de cores, praticada principalmente por aborígenes, de origem africana.

Belfaro Pigmentação: a maquiagem definitiva, como delineador, batom, etc.

Celta: desenhos de origem celta com figuras entrelaçadas. Pode ser preta ou colorida.

Tribal: desenhos em preto ou coloridos com motivos tribais. Podem ser desenhos de tribos norte-americanas, maias, incas, astecas, geométricas ou abstratas.

Oriental: trabalhos grandes, geralmente de corpo inteiro, como um painel. Os desenhos são com motivos orientais, como samurais, gueixas e dragões.

Psicodélicas: trabalhos supercoloridos com desenhos totalmente “senseless”.

Religiosas: trabalhos com personagens bíblicos, como um santo, uma cruz, etc.

Bold line: desenhos das histórias em quadrinhos com traços bem largos e cores berrantes.

Branding: tatuagem marcada a ferro e fogo.

Curiosidades e dicas:

• Os aparelhos de barbear utilizados para depilar o local da tatuagem não devem ser reaproveitados.

• O tatuador deve usar luvas e máscara para procedimentos, para evitar uma possível infecção ou até a contaminação por doenças como hepatite, AIDS, tuberculose, esporos patogênicos, bactérias e fungos.

• A limpeza do ambiente é fundamental a fim de se evitar a contaminação cruzada.

• Não dá pra tatuar palma da mão nem sola do pé. A Tattoo some junto com a pele que descasca muito.

• A Henna, ou Mehandi, ou Mehndi, como se fala na Índia, onde essa arte se originou, não é tóxica. Ela é usada há milênios. Mas ELA É MARROM, ou ferrugem, para ser mais exato. Alguns tatuadores usam um corante PRETO que é muito tóxico. Ele penetra na sua pele e deixa resíduos de CHUMBO e MERCÚRIO, que são metais pesados que o corpo não elimina nunca mais. A tatuagem feita com esses corantes é temporária, mas o veneno fica para sempre.

• Preste muita atenção se os BICOS e AGULHAS são descartáveis, e se o tatuador está abrindo uma embalagem nova.

• Não pode fazer tatto antes dos 18 anos. Enquanto o corpo ainda pode crescer, mesmo que seja só um milímetro, sua pele vai junto. A tatuagem vai ficando toda distorcida.


Link para a matéria da Zero Hora

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2581221.xml&template=3898.dwt&edition=12721§ion=997

Sunday, January 24, 2010

Indicados Açorianos 2010

 indicados

Teatro adulto

Melhor espetáculo
Dentrofora
Desvario
O Amargo Santo da Purificação
O Bairro
O Sobrado
Melhor direção
Arlete Cunha (O Vendedor de Palavras)
Carlos Ramiro Fensterseifer (Dentrofora)
Inês Marocco (O Sobrado)
Marco Fronchetti (O Bairro)
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (O Amargo Santo da Purificação)

Melhor ator 
Elison Couto (O Avarento)
Nelson Diniz (Dentrofora)
Renato del Campão (A Serpente)
Rodrigo Fiatt (O Sobrado)
Sergio Lulkin (O Bairro)

Melhor atriz
Araci Esteves (Marleni)
Isandria Fermiano (O Sobrado)
Liane Venturella (Dentrofora)
Sissi Venturin (Teresa e o Aquário)
Tânia Farias (O Amargo Santo da Purificação)

Melhor ator coadjuvante 
João Pedro Madureira (O Avarento)
Luis Franke (O Sobrado)
Marco Sório (O Bairro)
Marcos Chaves (O Avarento)
Zé Mario Storino (O Avarento)

Melhor atriz coadjuvante 
Elisa Volpatto (Desvario)
Lucia Bendati (O Avarento)
Martina Fröhlich (O Sobrado)
Sandra Dani (Platão Dois em Um)
Valéria Lima (O Bairro)

Melhor figurino 
Daniel Lion (O Avarento)
Fabrízio Rodrigues (Elefantilt)
Rô Cortinhas (Platão Dois em Um)
Rodrigo Nahas (Dentrofora)
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (O Amargo Santo da Purificação)

Melhor cenografia
Cia. Espaço em Branco (Teresa e o Aquário)
Elcio Rossini (Marleni, O Sobrado e Dentrofora)
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (O Amargo Santo da Purificação)

Melhor iluminação 
Acosta (O Bairro)
Claudia de Bem (Dentrofora, O Sobrado e Marleni)
Liliane Vieira (Teresa e o Aquário)

Melhor trilha 
Álvaro Rosacosta (Dentrofora)
Celso Zanini, Luis Franke, Martina Fröhlich e Philippe Philippsen (O Sobrado)
Cida Moreira (Elefantilt)
Marcos Chaves (O Avarento)
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (O Amargo Santo da Purificação)

Melhor dramaturgia 
Celso Zanini, Elisa Heidrich, Isandria Fermiano, Marina Kerber, Mirah Laline e Rodrigo Fiatt (O Sobrado)
Diones Camargo e Cia. Espaço em Branco (Teresa e o Aquário)
Marco Fronchetti (O Bairro)
Rodrigo Monteiro (O Vendedor de Palavras)
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (O Amargo Santo da Purificação)

Melhor produção 
Adriana Sommacal, Anildo Michelotto, Inês Marocco, Luis Franke, Manoela Wunderlich, Mirah Laline e Philipe Philippsen (O Sobrado)
Airton de Oliveira e Tainah Dadda (Desvario)
Francine Kath (Marleni)
Inês Hubner (O Avarento)
Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (O Amargo Santo da Purificação)

*****************
Teatro infantil

Melhor espetáculo
Arca de Noé
Herlói, o Herói
O que Seria Do Vermelho se Não Fosse O Azul

Melhor direção 
Raquel Grabauska (Herlói, o Herói)
Roberto Oliveira (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)
Zé Adão Barbosa (Arca de Noé)

Melhor ator 
Álvaro Vilaverde (Arca de Noé)
Denis Gosch (Chapeuzinho Amarelo)
Gutto Szuster (Filhote de Cruz Credo)
Leonel Radde (Peter Pan e a Terra do Nunca)
Vinícius Petry (Herlói, o Herói)

Melhor atriz
Elisa Lucas (Histórias de uma Mala Só)
Lúcia Bendati (A Menina das Estrelas)
Luciane Olendzki (Herlói, o Herói)
Simone de Dordi (Herlói, o Herói).
Simone Rasslan (Arca de Noé)

Melhor ator coadjuvante 
Álvaro Rosacosta (Peter Pan e a Terra do Nunca)
Lucas Sampaio (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)
Paulo Brasil (Era uma Vez...uma Fábula Assombrosa)
Thiago Prade (Chapeuzinho Amarelo)

Melhor atriz coadjuvante 
Francine Kliemann (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)
Lívia Perrone (Arca de Noé)
Lúcia Bendati (Peter Pan e a Terra do Nunca)
Rafaela Cassol (Filhote de Cruz Credo)
Regina Rossi (Arca de Noé)

Melhor figurino 
Alexandre Magalhães e Silva (Era uma vez.... uma Fábula Assombrosa)
Ana Fuchs e Ig Borghese (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)
Rô Cortinhas (Filhote de Cruz Credo)
Titi Lopes (A Menina das Estrelas e Arca de Noé)

Melhor cenografia 
Dênis Gosch (Chapeuzinho Amarelo)
Júlio Freitas (A Menina das Estrelas)
O Grupo (Arca de Noé)
Paulo Balardim (O Cisne)

Melhor iluminação 
Anílton Souza (Chapeuzinho Amarelo)
Carlos Azevedo (Arca de Noé)
Fabiano Silveira (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)
Osmar Montiel (A Menina das Estrelas)

Melhor trilha
Cláudio Veiga e Mateus Mapa (O Cisne)
Jean Presser (Chapeuzinho Amarelo)
Marcelo Delacroix (Arca de Noé)
Vinícius Petry (Histórias de uma Mala Só)

Melhor dramaturgia
Artur José Pinto (Chapeuzinho Amarelo)
Bob Bahlis (Filhote de Cruz Credo)
Elisa Lucas (Histórias de uma Mala Só)
Gustavo Finkler (Herlói, o Herói)
Roberto Oliveira (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)

Melhor produção 
Alice Ribeiro (O Cisne)
Depósito de Teatro (O que Seria Do Vermelho se Não Fosse o Azul)
Ellen D'Avila (A Menina das Estrelas)
Laura Leão (Arca de Noé)
Paulo Guerra (Chapeuzinho Amarelo)

***********
DANÇA

Melhor espetáculo
3mares
Abobrinhas Recheadas
Ditos e Malditos
My House

Melhor coreografia
Aldo Gonçalves (Essência 15 Anos Valsando)
Carlota Albuquerque (Ditos e Malditos)
Ivan Motta (Pessoas — O Diário do Desassossego)
Marco Rodrigues (My House)

Melhor bailarino
Aldo Gonçalves (Essência 15 Anos Valsando)
Jean Guerra (My House)
Lindon Shimizu (Ato ao Acaso)
Marco Rodrigues (My House)
Nilton Gaffree (Abobrinhas Recheadas)

Melhor bailarina 
Ana Cláudia Pedone (Pessoas — O Diário do Desassossego)
Gabriela Peixoto (Ditos e Malditos)
Letícia Paranhos (Pessoas - O Diário do Desassossego)
Thais Petzhold (Percurso Infinito)

Melhor cenografia
Andrea Nedeff (My House)
Marçal Rodrigues (3mares)
Terpsí Teatro de Dança (Ditos e Malditos)

Melhor figurino 
Anderson de Souza (Ditos e Malditos)
Maíra Coelho (3mares)
Marcela Corrêa e Nilma Corrêa (Essência 15 anos Valsando)

Melhor iluminação
Bathista Freire (Monoton)
Guto Grecca (Ditos e Malditos)
Igor pretto (Play Beckett)
Karrá (My House)

Melhor trilha sonora 
Alessandra Chemello e Diego Mac (Abobrinhas Recheadas)
Álvaro Rosacosta e Terpsí Teatro de Dança (Ditos e Malditos)
Celau Moreyra (Percurso Infinito)
Guenther Andreas (Ato ao Acaso)
Marco Rodrigues (My House)

Melhor produção 
Alessandra Chemello e Diego Mac (Abobrinhas Recheadas)
Ludensarte (3mares)
Miguel Sisto Jr. (Monoton)
Terpsí Teatro de Dança (Ditos e Malditos)