Tuesday, July 27, 2010

Até que a morte os separe

Não lembro quando comecei a pensar que era hora de casar. Parece que a gente sonha com isso desde menina. Honestamente, não lembro. Mas, às vezes, recordo quando comecei a frequentar o casamento dos outros. Ficava apavorada com aquela ideia do para sempre. Falo de uma época sem divórcios, separações ou mesmo casos em que os maridos haviam deixado as mulheres. Meus familiares não os comentavam. Meus pais muito menos. Então, era para sempre. E eu não era capaz de escolher viver para sempre com ninguém. Mesmo depois de 10 anos namorando o mesmo homem. Homem? Eu o conheci tinha 15 anos. E me apaixonei. Perdidamente. Loucamente. Mas cinco anos depois, ele já não entendia meus anseios, minhas angústias, inseguranças. Como eu podia amar alguém se não amava a mim mesma? Esta era a questão maior. E nesta busca vinham as paixões. Alguém gentil, alguém bonito, charmoso, inteligente...Alguns elogios e eu já ficava interessada. Entre casar com alguém que não amava ou não casar, preferia esta segunda opção. Na verdade, ainda prefiro. Hoje, estou solteira. Algo impensável para aquela menina que começou a namorar aos 13. Fui noiva por seis meses. Pedida em casamento uma única vez em que chorei por saber que não queria me casar sem amor. Hoje, acho linda a cerimônia que antes desdenhava. Ainda penso que gostaria de colocar um vestido de noiva, entrar na igreja com todos me olhando. Nem chego a pensar que estariam observando as minhas rugas e não o meu buquê.  Porém, isso não importa mais. Gostaria apenas de amar e ser amada...para sempre.

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