Bárbara Heliodora, em sua passagem por Porto Alegre, disse: “Eu vou ao teatro para gostar”. Eu também. Em época de festival fico até querendo ser “arrebatada”. Até agora isso não aconteceu. E, ontem, sabendo que Peter Brook que verei amanhã também não conseguiu fazer isso com uma amiga atriz na qual confio, começo a me preocupar. Mas, começo a pensar o que significa este “ir para gostar”. O que eu espero? Outro amigo ontem (vou ocultando os nomes, pois não sei se eles gostariam de serem expostos) dizia que não eram espetáculos para emocionar. Só que não é apenas isso que eu procuro. É verdade que me agrada assistir a algo que me deixe triste, alegre, nervosa, com medo. Fico bem impressionada quando algo que sei irreal me provoca aqui e agora estas sensações. No entanto, tenho interesse por novas técnicas, um belo trabalho de ator (já sei...tem gente que já se arrepiou só com este adjetivo aí...paciência!), cenografias criativas e por aí vai. O teatro é uma arte muito rica e, nos tempos de hoje, cada vez mais. O hibridismo (falei que queria ganhar dinheiro cada vez que ouvisse esta palavra...então, acho que também vou usá-la), esta mistura de linguagens, diminui ainda mais os limites do que é possível fazer no palco. Bom, mas, por que estou escrevendo tudo isso?
Se houvesse algo que eu pudesse fazer para que isso não acontecesse, teria feito. Ainda bem que o espetáculo foi na Reitoria e que eu estava bastante longe do palco. Odiaria que os atores vissem meus cochilos, pois, apesar destes, sei que a atuação do grupo merecia maior atenção. Bem, acabo de dar mais uma prova de que não tenho pretensões de fazer críticas, pois, não conheço nenhum que admitiria ter dormido na platéia. Pelo menos posso dizer que, apesar disso, valeu a pena ter ido.
Considerado símbolo cultural da modernidade, Fausto é um poema de proporções épicas que relata a tragédia do Dr. Fausto, homem das ciências que, desiludido com o conhecimento de seu tempo, faz um pacto com o demônio Mefistófeles, que lhe enche com a energia satânica insufladora da paixão pela técnica e pelo progresso.
Fonte: wikipedia
Bom, pelo menos não vais dormir por causa da duração! O Grande Inquisidor tem apenas 55 minutos e é justo! Não precisa mais!
ReplyDeleteNão vais ver nada de 'arrebatador' na interpretação do Myers. E sim, novamente, justeza. Ele é perfeito! E me atraiu e maravilhou com esta limpeza: não tem grito, não tem vociferação. Nem acrobacias em cena. Tem um puta ator que sabe dizer um texto e fazer rir e nos fazer calar e pensar.
Espero que nada disso que te falei te influencie tanto 'antes'.
Quarta falamos! Quero saber!
Bjks!
eu não sou masoquista. esse negócio de assistir a peça chata não é comigo. e ficar com culpa muito menos!!
ReplyDeleteahhh coisa mais boa essa troca neh?
Herege!
ReplyDeleteEimuntas é diretor, não ator.
Corrigirei a informação, mas, peguei este dado na divulgação do Festival.
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