Friday, May 09, 2008

Quando o amor não compensa?



Por que será que as pessoas, principalmente, as mulheres, adoram ver filmes de amor não correspondido, de almas gêmeas e encontros e desencontros e, quando isto ocorre na vida real, elas só querem que a gente esqueça, saia dessa e abra uma Scholl (olha o merchandising no amor, mas, este bordão é bom mesmo)? Histórias como “Nunca te vi, sempre te amei”, “Razão e Sensibilidade” e “Época da inocência”, só para citar três bons exemplos, arrasam os corações mais endurecidos. No entanto, se temos um amigo ou amiga em uma circunstância parecida, achamos que está perdendo tempo, que está sendo “usada”, passada para trás, etc. Compreendo que no filme a gente tem muito mais informações do que, realmente, se passa, pode ver vários ângulos da questão e mais: saberá como termina. Na vida, não. Nesta, a gente sabe só um pedaço e não tem a menor idéia de como acaba. Mas, eu sou uma romântica incurável e gosto de imaginar que minhas histórias também terão um fim cinematográfico, mesmo que não seja perfeito. Ou seja, que tudo que está ali acontecendo, tem uma razão e que “no final” vou ficar sabendo. Às vezes, invento meus próprios roteiros e prevejo o que está para acontecer. Muitas vezes crio o “happy end”, aquele que vem depois que tudo parecia estar errado, que junta “por acaso” os casais que haviam se separado por anos para uma cena final e um beijo que compensará todas as lágrimas derramadas. Será que me viciei em roteiros hollydianos e a vida não é nada disso? Minha irmã disse que estou falando muito de amor, mas, sou libriana. Se não estou amando ou falando de amor, estou deprimida pela falta dele. Poderia estar falando do meu trabalho, que amo! Das minhas amadas aulas de teatro, do amor que tenho pela comida, pelo cinema, por meus amigos, por um banho quente, uma coberta gostosa, um vinho branco. Ah, o amor... domina mesmo a minha vida! E, independente do final, acho que cheguei a conclusão, como dizia Milton Nascimento, “qualquer maneira de amor vale à pena”. Mas, prometo no próximo texto fingir que estou falando de outra coisa.

No comments:

Post a Comment