Já venho lendo sobre o acordo ortográfico há algum tempo e confesso que não estava (e ainda não estou) com a maior vontade de ficar revendo o jeito que escrevo. Não é que não goste de mudanças. Mas, uma parte de mim, vinha resistindo a algo que me parece insignificante diante de tantas mazelas brasileiras. No entanto, não há mais nada a fazer. Está decidido e insistir em não me adaptar parece bobagem . Afinal, como dizem seus defensores, nem são tantas mudanças assim. Da minha parte, por exemplo, posso dizer que se me pedissem para soletrar o alfabeto acabaria dizendo o k, o w e o y. Decorei assim e acabei mantendo. Pronto. Agora já os incluíram novamente. Também devo dizer que nunca fui muito fã de trema e só colocava em provas que exigiam este tipo de correção tipo em linguiça, freqüente, seqüência... Já aguentei muita coisa e não escrevia a palavra com a trema e tranquilo? Nunca viu uma trema por aqui. (Acabo de perceber que vou ter que atualizar meu corretor ortográfico, se não ele vai insistir em colocá-la). Claro que têm aquelas que vão dificultar a minha adaptação, como por exemplo: plateia e estreia. Sem acento? Não é a mesma coisa. Paranoia? Cruzes...muito estranho. Alcateia? Por favor...palavra que só escrevi no vestibular e olhe lá! Ah, e têm coisas mais esquisitas como: creem, deem, leem, perdoo, veem. E para variar (sem acento) vem as exceções: "ele para o carro" (verbo parar) perde o acento, mas, "ele pôde dirigir ontem" tem acento. Ai,ai,ai....Assim como os verbos ter,vir, convir, deter que mantêm o acento: eles têm, eles vêm, eles convêm, eles detêm. Bem, e tem várias outras coisas chatinhas. O hífen, que quase ninguém acertava até hoje, muda também. Erraria naquelas ditas provas: autoestrada, coautor, autoescola, aeroespacial... tudo sem hífen. E nesta regra sim, acho que vão continuar não sabendo. Continua aquela história...ora tem, ora não tem. Ou seja, volto a ser semianalfabeta? Mas, não vou ser superexigente comigo mesma! Então, não esperem que aqui no blog meus textos sigam estas regras. Vou, aos poucos, tentando acertar, mas, não é porque assinaram uma lei que vou acordar sabendo como redigir do jeito que decidiram que seria melhor. Esta regra aqui, por exemplo, não vai ser fácil de lembrar: se chegar no final da linha e uma palavra que levava hífen ficar dividida, o hífen repete na linha seguinte. Bem, mas, ninguém pode dizer que eu não tentei colaborar. Por enquanto, a única coisa que me faz tentar esta adaptação é a remota possibilidade de eu querer me corresponder com portugueses e não deixar que a língua nos atrapalhe. Sabe-se lá quando e se isso vai acontecer!
PS: O Acordo Ortográfico de 1990 pretende instituir uma ortografia oficial única da língua portuguesa e com isso aumentar o seu prestígio internacional, dando fim à existência de duas normas ortográficas oficiais divergentes: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa.
Oie. andava eu desaparecida dos comentários... Que dizer? Nem sei se comentário tem acento agora. Fato é: te respeito, mas sigo rebelde... talvez até a página dois, não sei. Mas vambora né? Força na peruca!
ReplyDeleteOlha, Heleníssima! Já havia lido esse teu texto e prometi a mim mesmo que comentá-lo-ia posteriormente. Achei bárbaro. Tu consegue num quase-desabafo informar ao leitor todas as regrinhas chatas da reforma ortográfica de forma bem-humorada. Parabéns! Quando eu crescer, quero ser Helena Mello!!!
ReplyDeleteBjos!