Saturday, February 28, 2009

Festival de teatro em Curitiba


Quatro estréias nacionais e uma internacional marcam a programação deste ano do Festival de Curitiba, que acontece de 17 a 29 de março. A companhia chilena Teatro Cinema estréia em palcos brasileiros o espetáculo Sin Sangre, dirigido por Juan Carlos Zagal. A peça é uma adaptação do romance homônimo do autor italiano Alessandro Baricco, e trata da reconstrução da memória e do perdão.

A montagem chilena atinge várias dimensões ao fundir as linguagens do teatro e do cinema em uma emocionante história humana em que a vingança se encaminha para o amor, e onde a guerra pede paz e amor. Com esses elementos e sentimentos, Juan Carlos e Laura Pizzarro – que além de participar da adaptação do texto, também atuam em Sin Sangre – deram à montagem uma linguagem universal.

Entre as peças brasileiras, Felipe Vidal e Tato Consorti dirigem a versão brasileira de Rock’N’Roll, do dramaturgo tcheco Tom Stoppard. A peça, sucesso de público e crítica no Royal Court Theatre, em Londres, e na Brodway, se passa entre os anos de 1968 e 1990, sob uma dupla perspectiva. Em Praga, na república Tcheca, onde uma banda de rock aparece para simbolizar a resistência ao regime autoritário comunista; e em Cambridge, na Inglaterra, onde as questões do amor e da morte definem as vidas de três gerações da família de um filósofo Marxista.

Dirigido por Moacir Chaves e baseado no conto homônimo de Drauzio Varella, o espetáculo Por um Fio conta histórias de pessoas surpreendidas pela notícia de que suas vidas podem chegar ao fim. Na experiência de Varella, nenhum acontecimento provoca transformações tão radicais quanto conviver com essa possibilidade. As histórias descrevem as maneiras que cada um tem de perceber o tempo e o transcorrer da vida. No elenco a premiada atriz Regina Braga e o vencedor do Prêmio Shell de melhor ator em 2008, Rodolfo Vaz, por Salmo 91.

Em Borbulho, espetáculo de dança das coreógrafas Rosane Chamecki e Andrea Lerner, curitibanas radicadas em Nova York, um cenário fururista abriga uma versão poética da evolução das espécies de um planeta imaginário. Neste mundo, criaturas crescem e se desenvolvem. Aos poucos, sentimentos também vão ganhando. Os seres em cena refletem o desejo e a capacidade de adaptação e levantam questões sociais e ambientais.

Completa a lista de estréias brasileiras o monólogo Doido, em que um homem narra e vive personagens da dramaturgia universal. A montagem – dirigida e encenada por Elias Andreato – fala de amor, de loucura e de arte mostrando ao espectador o que essa viagem apaixonante pode despertar no artista e no cidadão comum.

Fonte: Alexandre Staut

PS:  Maria Amélia Gimmler Netto, minha colega de mestrado, participa do Festival na mostra Fringe com o Espetáculo "A".  Datas: 22/03 - 12:00, 23/03 - 15:00, 24/03 - 18:00, 25/03 - 21:00

No comments:

Post a Comment