Bem, acho que não preciso dizer que tive que "juntar meus caquinhos para ir ao Seminário sobre Crítica de teatro no Gasômetro ontem, mas, achei que devido a minha escolha de pesquisa era algo imperdível. Pensei que entraria por uma porta, sentaria calma e quieta para ouvir e viria embora uma hora depois. Por que será que eu ainda me minto desta maneira? Quem me conhece sabe que dificilmente isto irá acontecer enquanto eu estiver viva. Não deu outra. Eu tentei. Mas, quem estava lá sabe que fui provocada pelas declarações feitas pelos convidados. Na mesa: Antônio Holfeldt, Renato Mendonça. Luis Paulo Vasconcellos e Julio Conte. Após a fala de todos, veio a abertura para o debate. Alguns minutos de silêncio. Tempo suficiente para as questões que tinham ficado me provocando resultarem na minha fala. Outra hora, talvez, até fale mais sobre isso, pois mais uma vez confirmei que a escolha do meu tema de pesquisa "Crítica teatral na era digital" não foi para buscar um título, mas, é uma paixão que me move. Sendo assim, obviamente, tenho mais coisas a dizer, mas, como estou em fase de "convalescência" prefiro publicar o texto do blog de Julio Conte (http://julioconte.blogspot.com):
O DEBATE SOBRE A CRITICA
Conforme prometi, vou contar um pouco, sobre o debate ocorrido na Usina do Gasometro na sexta feira, dia do teatro. Presente no local poucas pessoas, o menor publico de todos os debates. Dizem que foi a sexta feira, o engarrafamento na saida do Centro, o calor etc. Acho que os teatreiros ainda não aprenderam a debater. Mas quem participou de outros jura que foi o melhor dabate.
Ponto negativo foi que não havia nenhum editor, nem da ZH, nem da Revista Aplauso, nem nenhum outro.
Momentos de tensão marcaram as primeiras intervenções do público. Quem mais sofre foi o Renato Mendonça tendo que defender a linha editorial da ZH. A fala inicial dele foi ótima, mas deixou uma gafe ao se referir ao teatro como algo pobre. Pressionado se atrapalhou.
Luiz Paulo estava com a sobriedade que lhe é característica. Quando questionado na dupla função de critico da Revista Aplauso e artista mostrou que está atento a esta contradição.
Eu falei sobre a transitoriedade do teatro e de como isso se manifesta no sistema crítico. Teatro sofre da urgência de existir. Mas o grande nome que emergiu do dabate foi Antonio Holhfeldt. Matou a pau. Carismático, centrado e sábio expos sua trajetória no Correio do Povo e no Jornal do Comercio. De quebra contou que a ZH não o quis como crítico. Antonio é um pedaço da história do teatro gaúcho. Da platéia Helena Mello, jornalista que pesquisa blogs de teatro, foi muitas vezes incisiva e Rodrigo Monteiro mostrou que está cada vez mais preparado para ocupar um lugar de destaque na refexão sobre teatro. O que me surpreendeu foi de como blog incomoda a imprensa oficial. Acho que é porque publica a voz de quem não tem voz e as pessoas estão cansadas de versões oficiais. Querem intimidade, querem o detalhe, o sentimento particular, querem alguma coisa mais do que a pasteurização da informação.
Confesso que sai feliz.
Outro dia publico minha fala, pois como sabia que estava frente a três feras bem articuladas, levei o texto por escrito. Ler me ajudou e ficou o registro.
Ah, e terça tem TA E AI com participação da Ingra Liberato e da Ju Brondani.
No comments:
Post a Comment