Jung diz que “a ligação entre os acontecimentos, em determinadas circunstâncias, pode ser de
natureza diferente da ligação causal e exige um outro princípio de explicação”, ao que ele chama de sincronicidade. A primeira vez, quem me chamou a atenção para esta palavra foi o
meu terapeuta holístico. Sim! Eu já tive um, aliás, recomendo. Não fosse ele, ainda estaria achando que o mundo é muito menor do que é e com medo de “quebrar a casca do ovo”, mesmo não estando nada confortável lá dentro (ele merece até um texto exclusivo, mas, o assunto não é
esse). Como todo mundo, chamo de coincidência quando encontro alguém em quem estou pensando, quando esbarro com outros que deveria conhecer, quando entro em um lugar que me faz viver algo que eu desejava e por aí vai... E como todo mundo, também, costumo dizer que coincidências não existem. Mas, digo isso, em geral, sorridente, me divertindo com a situação, reforçando um certa crença de que “há mais entre o céu e a terra...”, mas, ontem, vivi uma destas situações e tive certo medo. Não que houvesse, realmente,perigo, mas, achei meio assustador ter quase uma prova concreta de que esta tal coisa chamada destino, talvez, seja mais verdadeira do que dizem. Bom, na realidade,venho há tempos tendo provas isso."Coincidências", encontros e reencontros inesperados, desejos realizados, sonhos concretizados e por aí vai. Mas, ontem...vou tentar ser mais específica, mantendo o anonimato dos envolvidos em questão. Não sei se vou conseguir. Em 2005, havia reencontrado uma pessoa que conheci nos anos 70, quando veraneava em Tramandaí. Por "acaso". Fui fazer uma gravação de áudio para um trabalho e lá estava ele. Mas, não era alguém que tinha simplesmente passado pela minha vida. Era alguém que tinha me feito ficar muitas horas, sentada vendo-o tocar piano em pleno Verão na Colônia de Férias de Tramandaí. Gostei da "coincidência" e daí para começarmos a nos ver com certa frequência (ele não concordaria com o termo envolvimento) já teve uma boa parte de livre-arbítrio (ou não?). Bem, mas, como sempre acontece (ia) comigo, não demorou muito para ele começar a "escorregar" pelos meus dedos (Sugiro a leitura de Amor líquido). Neste meio tempo, na mesma época do ano, reencontrava em uma situação de "coincidência" também uma outra pessoa que havia, mais recentemente, me chamado a atenção, mas, que ainda não conhecia, por ocasião do meu trabalho de mediadora da Bienal. Bem, muita coisa se passou desde então. Muitos sentimentos, muitos toques, muitas risadas, algumas lágrimas. Muito mais do que eu poderia prever em apenas dois anos, mas, resumindo, estou em contato de novo (de uma forma diferente) com esta pessoa no momento e recebi um endereço onde deveria encontrá-lo ontem. Adivinhem? Exatamente o mesmo lugar do primeiro!!! Ah,vai dizer que não é algo para fazer pensar: yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay. Entrei um pouco reticente. O pianista já não está mais lá, como eu imaginava, mas, sou quase capaz de afirmar que era justamente para ser assim. Só o que não sei é o que vai ser de mim!
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