Sunday, April 13, 2008

QUESTÕES EXISTENCIAIS

Enquanto as questões mais fundamentais da existência como: de onde viemos e para onde vamos continuam em aberto, sou bombardeada por questões menores. Algumas vindas do lado de fora, mas, a grande maioria surge de dentro mesmo. De onde? Não sei. Posso até precisar quando, como e por quê, mas, não de onde. Agora, uma coisa eu sei. Tem horas que elas crescem, ocupam um espaço enooorme e sou obrigada a lhes dar atenção. Querem um exemplo?

Não passo toda hora me perguntando por que estou sozinha, onde está o homem da minha vida, estas coisas. Vou me ocupando, no dia-a-dia, com minhas atividades de trabalho, meus amigos, meus compromissos sociais, um cinema e, muito menos do que eu gostaria, com um bom livro. Não basta? É...não basta, mas, que já consome um bocado de horas, isto eu posso garantir. Talvez, seja à noite, justamente agora, quando as coisas se acalmam que eu começo a me perguntar onde está o tal. De vez em quando acho até meio patético, pois, nuuunca pensei que passaria dos 40 nesta procura.

Sou uma mulher que sempre me apaixonei, várias vezes e, algumas vezes, até por mais de uma pessoa ao mesmo tempo! Bom, paixão dupla mesmo não, mas, sentimentos duplos, platônicos, mas, em dobro. Sim porque com toda a minha crença no poder e nos direitos femininos, sexo com mais de um homem ao mesmo tempo comigo não funciona. Bom, mas, voltando ao dito cujo (seja ele quem for) já deveria ter aparecido. Tem coisas na vida que é muito melhor fazer acompanhada e de uma presença amorosa masculina. É...eu ainda me lembro como é. Só que não depende de mim. Ou depende?

Sempre fui destas mulheres que quando sabiam o que (ou seria melhor dizer quem?) queriam, partia para o ataque. Pelo menos eu chamava assim, até que uma amiga mais nova e mais influenciada pelas “formas contemporâneas de abordagem”, me disse que eu parecia mais uma donzela do século XVIII. Eu me achando ousadíssima, mas, realmente, com ações que mais se assemelhavam a deixar cair o leque no chão do que outra coisa.

Ao mesmo tempo, porém, a irmã que mais convive comigo insiste em dizer que sabe nos primeiros instantes se eu estou ou não interessada, tentando conquistar um determinado ser do sexo masculino. Pronto! Vá saber. Não sei e é por isso que estou nestes tais momentos em que perco horas pensando o que deveria exatamente fazer para expressar mais claramente meus sentimentos. Já houve tempo em que eu começava com as afinidades, depois passava para textos escritos, letras de música, poesia (100% século XVIII!) e, só chegava em algo mais direto, se a outra pessoa desse o primeiro passo. Aí, sai da frente. Claro, é quase a abertura das portas de uma represa. Uma verdadeira enxurrada. Tudo lá guardado. Então...estou no momento que antecede a tudo isso. Se o final vai ser feliz, eu ainda não sei. Confesso que não tenho muito bons indícios. Se abrisse minhas próprias cartas, talvez, dissesse para a consulente seguir outro caminho. Mas, fazer o que? Eu me reapaixonei! Essa é nova. Sim, porque a pessoa em questão não é.

No comments:

Post a Comment