Nunca fui contra propagandas. Todo comunicador convive dois anos com pessoas que estudam para aprender a fazê-las. Assim, aprecio espaços comerciais inteligentes, divertidos e emocionantes. Emocionantes sim. Acho possível um comercial trazer este sentimento. Mas, como todo mundo, quando o comercial é bacana, esqueço o que estava anunciando. Uma pena...comercialmente falando! Bem, mas, no título ponho a frase de um que me chama, particularmente, a atenção e que repete esta frase: “o que faz você feliz?”* e abre para as muitas possibilidades. Bem, eu já há algum tempo acredito que felicidade, esta permanente, não existe. E repetindo algo bastante batido, ouso dizer: o que existe são momentos felizes. Como passei hoje.
Fui ao litoral a trabalho. Estou fazendo um vídeo sobre o trabalho dos meus pais, no qual já estou engajada há algum tempo, os Jogos Boole (www.jogosboole.com.br). Fui gravar o depoimento de uma professora que decidiu alfabetizar seus alunos utilizando este projeto criado pelo meu pai para desenvolver o raciocínio lógico. Enquanto ela falava, pensava nos longos anos do meu pai tentando explicar sua idéia, parecendo meio louco, insistindo em uma idéia que a maioria das pessoas não conseguia entender e acabava ridicularizando suas atitudes intempestivas que visavam à divulgação do que ele havia descoberto. Hoje, esta idéia se espalha por aí, nas escolas e chega em vários lugares do país, inclusive, em escolas pequenas, mas, com professores dedicados como a professora Vera Traut de Santo Antônio da Patrulha da escola Padre Réus onde estive hoje.
Minha próxima parada era Osório. Falar com outra professora, a Elena Chemale, também entusiasta dos Jogos Boole. Esta foi uma das primeiras a entender a proposta e vibrar com as possibilidades de trabalhar com o material em sala de aula. É assim até hoje, mais de 20 anos depois. Vera Traut, por exemplo, foi sua aluna. Foi muito bom vê-la dando seu depoimento também, falando sobre como o jogo pode ser sempre utilizado em situações difíceis, com crianças desinteressadas que logo se entusiasmam com o trabalho.
Dois momentos, portanto, bem bacanas. Mas, ainda faltava o melhor. Como poderia ir até tão próximo ao mar e não ir lá dar uma olhadinha? Sou fanática pela praia, sua amplitude. O mar tem algo de transcendental para mim. Ah, e preciso dizer que o dia estava absolutamente perfeito? Um céu azul de brigadeiro, como dizia minha vó, enquanto eu pensava no doce (chocolate com leite condensado) e ela se referia a patente mais alta das Forças Aéreas. E como fui com um músico, cantor e compositor, infelizmente, ainda não reconhecido, na última hora, passei a mão no meu violão. Pronto. Céu, sol, sul, água e cor e uma boa música para completar.
Ainda bem que, hoje, não deixo um momento assim passar
* Dei uma pesquisada na "minha bíblia"; o Google. O comercial é do Pão de Açúcar.
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