Ambientes teatrais costumam reunir boas histórias e nem
sempre elas estão no palco. É o caso de Paulo Fraga, pai de um dos alunos do
Festival de Teatro Estudantil em Viamão que se aproximou para falar sobre a
peça que ele havia gostado. Aos poucos, foi contando que havia começado a ver
teatro somente há uns três anos quando veio para cidade. Com 55 anos, tanto
divido até então na zona rural, conta que o primeiro filme que assistiu foi com
seus amigos. Sentados em cima de vacas, olhavam o “cinema” projetado em um
galpão, uma história do Teixeirinha.
Foi o filho Josué de 15 anos que o aproximou das
apresentações na escola. Tendo participado de apenas quatro espetáculos até
hoje conseguiu Destaque de Melhor ator em 2013 no espetáculo Memórias de um
sargento de Milícias e foi indicado no Festival de teatro Municipal. Ele só dá
motivos de orgulho ao pai que sempre que pode o acompanha. Foi assim que Paulo
acabou participando do Curta Gaúcho Oxigênio. “Eles precisavam de alguém mais
velho e eu estava lá”. Fraga conta que os filhos tocam vários instrumentos e,
provando que os apoia nesse lado artístico, conta que, mesmo não tendo muitas
posses, tem um bom investimento musical no quarto dos meninos. Segundo ele,
fazem apresentações gratuitas em asilos e para crianças carentes.
Voltando a se referir ao espetáculo Maria Degolada
apresentado no 2º Festival Estudantil de Teatro de Viamão, ele diz que se
arrepia só de falar. “Meus filhos não foram classificados, mas eu tenho que
admitir que esse espetáculo selecionado é muito bom”. Em seguida, já começa a
fazer planos com Josué, que também está sempre presente e colaborando com os
demais grupos participantes do festival, para fazer uma apresentação musical
ainda nesse Natal.
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