Thursday, November 06, 2014

O milagre da Torre Eiffel

Eu acredito em milagres porque eles acontecem comigo. Estava na fila para subir na Torre Eiffel e uma senhora e uma criança de uns seis anos falavam em francês sobre de onde vinham todas as pessoas que estavam ali, fazendo uma lista de diversos países. Eu me meti na conversa e citei o Brasil. Começamos a conversar. O menino, muito sorridente e esperto, dizia que não precisaria de bilhete pois tinha uma “chave” e mostrava a sua pequena torre dourada em um chaveiro. Eu, já cansada por ter ido a pé do centro até lá, comentei sobre a energia do menino e disse que deveria ser a torre que lhe dava esse poder. Ele achou engraçado e fingia que ia me dar a torre e pegava de volta. Entramos no elevador e não nos vimos mais. Amaguei numa fila por um bom tempo pois tinha comprado o bilhete para a parte mais alta (e menor). Não fiquei muito tempo lá em cima pois já eram quatro horas da tarde e eu estava sem comer nem beber nada e o corpo dava indícios de exaustão. Saí procurando uma estação de metrô e, no caminho, encontrei um restaurante. Lembrei que minha mãe sempre sugere que se faça uma parada para recuperar as forças quando o caminho é longo e resolvi comer ali. Uma multidão passava pela minha frente a cada instante em direção a torre. Não demorou muito, surge a minha frente a mesma senhora e o menino, procurando um lugar para beber algo. O menino me vendo diz para a senhora que quer se sentar ali. Ficam os dois ao meu lado e começamos a conversar sobre as nossas viagens já que ela havia vindo do interior com o menino e também fazia programas turísticos. É ela que me ajuda depois a encontrar a estação e pegar o primeiro RER da minha viagem e chegar em pouco tempo ao meu destino. Bem, quem já esteve por lá sabe a gigantesca quantidade de pessoas que circula por ali e sendo o lugar mais visitado do mundo é o pior para marcar um encontro.  O propósito? Será sempre um mistério, mas, para mim, não deixa de ser um milagre.

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