Ultimamente, tenho participado (ou seria melhor dizer estado presente?) de várias discussões e como acabo as evitando ou argumentando sempre de forma mais compreensiva e flexível do que as pessoas em volta,tenho sido acusada de alienada. As pessoas querem discutir assuntos sobre os quais elas têm apenas informações geradas pelos veículos de comunicação e, mesmo sendo jornalista, provavelmente exatamente por isso, acho que é pouco. Não interessa se o tema é política, religião, comportamento, sexo e futebol (embora eu raramente discuta sobre este último) o que é divulgado são quase sempre coisas negativas, que salientam os aspectos mais agressivos e, até mesmo, criminosos do ser humano. Na hora, fico incomodada, desconfortável. Não sinto prazer em aprofundar estas conversas.
Sei o quanto me custa para manter minha energia, meu bom humor, minhas vontades. Tenho atribuído isso a minha prática de yoga na qual entrar em sintonia com os aspectos positivos da vida, da natureza e de nós mesmos está sempre presente. Mas, não é apenas isso. É toda uma busca para ser saudável, para filtrar o que não me serve e o que não me faz bem. E isso parece
acabar sendo visto como egoísmo.
Bem, mas, em função destas discussões (que não são poucas) acabei refletindo e confesso que fiquei mais aliviada com as “conclusões” a que cheguei. Por que sou alienada quando não quero dar ênfase às questões negativas da existência e não são consideradas alienadas as pessoas que não têm informações sobre as coisas boas que estão acontecendo neste exato
momento? Se alguém pensou que é porque não existem, minha tese é de que esta pessoa é alienada. Assim como tem gente matando, roubando, destruindo, fazendo a mãe em picadinhos, atirando o filho pela janela, tem gente se dedicando de corpo e alma a algo que torne a vida de alguém um pouco melhor. Tem gente fazendo descobertas incríveis na área da saúde, da tecnologia. Tem gente que passa dia e noite tentando achar a cura da AIDS, do câncer. Outros
buscando a solução para o aquecimento global. Bom, pensem em qualquer tema que, hoje, seja a
maior aflição para a humanidade...Não importa. Tem pessoas dedicadas a resolver estes problemas. Pode acreditar. Não acredita porque não saiu no jornal? Não viu na tv? É provável que até tenha aparecido sim, mas, era em uma parte pequena da página e acabou não chamando a sua atenção. Culpa de quem? Não interessa. Basta que a gente não se deixe manipular tão facilmente. Acredito que desta forma sobrará mais tempo, mais energia para buscarmos uma vida melhor para todos.
Ok. O que me moveu a escrever sobre isso foi um desconforto pessoal, eu assumo. Mas, o que eu
gostaria mesmo é que mais pessoas pensassem nas coisas boas que existem, nas que ainda vão existir e que nos tornássemos mais conscientes do que a nossa mente anda “consumindo” como verdade. Que observássemos o espaço que estamos dando para as informações que nos deixam tristes, aborrecidas e ocupam tanto do nosso tempo em discussões seja na hora do almoço ou no final de tarde naquele barzinho.
PS: Ah, por falar em alienação (ou não), estou, indo daqui a pouco, à convite de uma amiga também jornalista, assistir "Sim, senhor!" com Jim Carrey.
Legal, Helena! Acho que estamos passando pelo mesmo período: acabei de postar um desabafo também no meu blog! Acredito que blogs também servem para isso! Escrever também pode ser uma terapia...
ReplyDeleteBeijões!!!!