Friday, July 18, 2008

Ia me esquecendo da poesia...

Por estas e por outras que tenho que ser a favor do Orkut. Estava bisbilhotando (sim, eu faço isso) mensagens para ver se uma amiga minha já chegou ao Brasil, depois de alguns anos fora, e encontrei no perfil de outra um texto que me chamou a atenção. Era de Rainer Maria Rilke. Nunca tinha ouvido falar, não que eu lembre. Lembrei de Heiner Muller, dramaturgo alemão, mas, isso é outra história.

Bom, daí, coloco o nome deste poeta, até então desconhecido para mim, no Google e surgem milhares de páginas e textos. Quem diria...Na verdade, eu mesma. Canso de me dar conta de quantas coisas desconheço. O quanto sou ignorante em diversos setores. E olha que poesia é uma das coisas que sempre gostei, desde os 12 anos. Bem, mas, agora que descobri esta pessoa vou buscar mais informações e já vou publicando algumas coisas por aqui. Nestas horas, redescubro o poder da palavra!

"Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranqüila de sua noite:"Sou mesmo forçado a escrever?" Escave dentro de si uma resposta profunda. Se for afirmativa, se puder contestar àquela pergunta severa por um forte e simples "sou", então construa a sua vida de acordo com esta necessidade. Sua vida, até em sua hora mais indiferente e anódina, deverá tornar-se o sinal e o testemunho de tal pressão. Aproxime-se então da natureza. Depois procure, como se fosse o primeiro homem, a dizer o que vê, vive, ama e perde. (...)"

"Pois não é apenas a indolência que faz as relações humanas se repetirem de modo tão monótono e sem renovação de caso a caso, é a timidez diante de qualquer experiência nova, imprevista,para a qual não nos consideramos amadurecidos.(...)”

Quero lhe implorar Para que seja pacienteCom tudo o que não está resolvido em seu coração e tente amar.As perguntas como quartos trancados e como livros escritos em língua estrangeira.Não procure respostas que não podem ser dadas porque não seria capaz de vivê-las. E a questão é viver tudo. Viva as perguntas agora.Talvez assim, gradualmente, você sem perceber, viverá a resposta num dia distante.

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