Monday, October 24, 2011

Francês: uma língua quase materna


Podia começar este texto de muitas maneiras mas decidi que seria falando da minha primeira professora de francês: minha mãe. Afinal, eu não teria ido ao Congresso de Professores de Francês em Curitiba se não fosse ela. Aliás, graças ao meu pai também tendo em vista que fomos apresentar Le Jeux Boole. Já no primeiro dia, foi interessante ver tanta gente reunida. Rever tantas pessoas.

A programação incluía várias palestras e muitos ateliers e oficinas. Demais até, eu diria o que acabou fazendo com que não houvesse público para tudo. De qualquer forma, é sempre um prazer ouvir tantas pessoas falando em francês no Brasil e ver tantos educadores desta língua reunidos. Por falar nisso, é interessante destacar a palestra de Christian Puren sobre que falou sobre uma aprendizagem da língua francesa associada à vida, as ações políticas e sociais. Não basta ficar apenas dizendo quem somos ou perguntando quem são os outros. Precisamos criar uma comunicação ativa. Ele aproveitou para dar o endereço www.christianpuren.com e dizer que disponibiliza todos os seus textos para serem distribuídos até nas praças. Vale à pena dar uma olhada.
Pode parecer bobagem, mas um bom evento também passa por um bom coffe-break. E este se superou. A empresa Amábile ofereceu todos os dias coisas saborosas e saudáveis para um grande público. Fartura e qualidade fizeram dos intervalos momentos de descontração e de contatos.

A vontade de fugir da programação para ver a cidade era grande. Curitiba tem muitos atrativos. Vários pontos turísticos, parques. As pessoas são amáveis na hora de dar informações nas ruas. Caminhar em uma cidade desconhecida é sempre um prazer. Porém, as calçadas irregulares acabaram impedindo longos passeios a pé. Felizmente, os táxis são baratos e o ônibus turístico com mais de 20 pontos de visitação é uma ótima pedida.
Sem muito tempo para fazer turismo, devido a intenção de aproveitarmos nossa estada fazermos contatos com os órgãos de educação do Paraná, fomos a Secretaria de Educação do Município, falar com Rosangela Gasparim. E bastou que nossa amiga Rosa Graça, vice-presidente da Associação dos professores de francês, perguntasse se havíamos ido na Secretaria do estado para que minha mãe decidisse não perder esta chance. Mesmo chegando sem nenhum agendamento, acabamos sendo extremamente bem recebidas por Lucilene Tavares Rocha e Eliane Benatto e as perspectivas de que possamos realizar oficinas no estado do Paraná estão próximas de se concretizarem.

Também sem termos programado, acabamos participando do jantar de confraternização. Um bairro de gastronomia chamado Santa Felicidade não parece perfeito? Exatamente como o espumante, a comida e a sobremesa servidos durante a noite, onde o pecado da gula foi, totalmente, justificado. Além disso, tivemos mais tempo para ficar entre amigos como Adriana Correa que morou, inclusive na França, para aprofundar sua formação, e seu marido Hilton, ambos sempre muito gentis e divertidos.
Se houve alguma frustração? Sim. Tinha esperança de encontrar Walter Lima Torres, com formação na Sorbonne que, além de ter feito parte da minha banca de mestrado em Artes Cênicas, foi o professor que, com sua generosidade com seus alunos, deu forte incentivo a toda minha turma com suas aulas. Mas, sua ausência na cidade onde mora e trabalha tinha uma forte justificativa: sua participação no 5º Festival de Teatro de Campo Grande. Quanto a minha mãe e eu, embora não tenhamos saído do Brasil, nos sentimos aumentando nossos conhecimentos sobre a cultura francesa.

No comments:

Post a Comment