Monday, June 28, 2010

Um terremoto chamado Brasil


Espero que o meu santo me escute tanto quanto os profissionais que trabalham em televisão, sejam eles comunicadores ou artistas. Minha irmã tem sido testemunha dos meus diálogos com este aparelho ao longo dos anos. Hoje, no jogo da copa, mais uma vez, aconteceu exatamente isso. O Galvão Bueno fazia uma longa explicação sobre a história das Copas. Lá pelas tantas, eu me perdi e disse: “Não entendi”. Do outro lado, Galvão, retornou: “Já te explico”. Às vezes, quando conto esta história para outras pessoas tenho a leve impressão de que elas não me acreditam. É claro que é preciso considerar que eu fale em voz alta na frente da tv, ou seja, não se trata de uma leitura de pensamento. É um diálogo mesmo. Mas parece que não é só um privilégio meu, pois logo depois do próprio Galvão perguntar ao Arnaldo César Coelho se não estava faltando Robinho no jogo, quem faz o Gol? O próprio.


Em outros momentos, não faço perguntas, mas afirmações e mal acabo de dizer, o apresentador ou o artista do outro lado repete. Bem, isso sem falar nas previsões do que vão dizer ou fazer, das ações que está para acontecer nos filmes. É claro que estas eu não comento para não estragar o prazer dos demais. Tem horas que escapa e daí recebo uma advertência. Não sei se existe algo de sobrenatural nisso ou se isso significa que eu sou resultado da geração da televisão. São muitos anos de observação da linguagem televisiva. Além do mais, minha formação jornalística e de teatro também pode colaborar um pouco com isso.

Já na vida real o mesmo não acontece. Não sei o que está por vir. O máximo que faço é saber o final das frases de quem conversa comigo ou o final de uma história que estão me contando. Agora, quanto aos fatos, ao que será do amanhã, não tenho a menor ideia. Por isso, penso duas vezes antes de me juntar a algum grupo para assistir aos jogos. Outro dia ainda vi os torcedores, de um time destes que foi desclassificado, totalmente fantasiados saindo cabisbaixos do campo...Muito complicado. Felizmente, hoje, conseguimos mais uma vitória. Bem bonita, por sinal. Gols suficientes para nos alegrar depois do último empate e alimentar as nossas esperanças para a próxima partida.

Agora, cá entre nós, foi tanta rasteira que acho que é por isso que o Dunga não quer que vejam os treinos. Eles devem treinar isso também. Ninguém cai no chão de todo o cumprimento com uma perninha levantada sem pensar nisso antes. Ainda bem que o juiz não teve os mesmos problemas dos últimos colegas. Não teve nenhuma situação polêmica. De qualquer forma, talvez, nem precisasse dizer que sou a favor de chip na bola, câmeras atrás do gol e toda e qualquer tecnologia que ajude a estes profissionais a serem mais justos. Porque, convenhamos, nós com todos estes aparatos adicionais em nossas casas e eles lá, no calor da emoção, só contando com dois olhos e um apito? Isso sim é injustiça! Se eles ainda me ouvissem do outro lado da telinha...

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