Muita gente fala que ficar em casa vendo tv não presta, mas acabo de assistir duas coisas que valiam a pena. Primeiro, a entrevista de Marília Gabriela com Nelson Xavier e Antônio Angelo. Os dois atores falaram sobre o filme Chico Xavier. É gostoso ficar sabendo que Nelson Xavier se irritava quando as pessoas se confundiam e o chamavam de Chico e que, no entanto, este foi o único papel que ele, realmente, quis fazer na vida. Assim, como é divertido ouvir Antonio Angelo dizer que voltou a ter medo do escuro. Para mim, que pouco sei sobre Chico Xavier, mas que estudei durante bastante tempo o espiritismo, agrada que ambos tenham ficado admirados com a pessoa que protagonizaram no cinema. Nelson Xavier chegou a dizer que o papel mudou sua vida. Pelo menos, fez uma grande diferença que ele gostaria de manter. Está mais calmo. Aliás, o jeito manso dos dois fez com que a entrevistadora até brincasse com a situação, dizendo que tamanha tranquilidade a deixava meio desconfortável.
Logo depois, peguei já andando o programa Profissão Repórter que não costumo ver com frequência, mas que está sob o comando de Caco Barcellos que há muito conquistou minha admiração. Pude assistir a dois jovens jornalistas, um homem e uma mulher fazendo a cobertura dos bastidores dos shows de Roberto Carlos nos Estados Unidos. Chamou minha atenção que a jornalista embora nervosa por ir falar com o Rei, acabou perguntando se ele havia composto algo lá em Nova York. Roberto Carlos reagiu de forma extremamente simpática e disse que em mais de 50 anos ninguém havia perguntado isso. Responde que sim e fala de três canções: Emoções, Cavalgada e Lady Laura. Mal sabia ele que, no dia seguinte, receberia a notícia da morte de sua mãe. Antes disso, porém, vi Roberto falando, novamente, com a jornalista, fazendo questão de cumprimentá-la na entrada do teatro. Pareceu-me que o fato dela ter conseguido ser inédita em suas questões havia conquistado o respeito do cantor. Talvez não seja isso. Talvez, ele seja sempre assim. Não sei. De qualquer forma, não tenho dúvidas de que nenhum dos jovens jornalistas poderia imaginar que estariam fazendo parte de um dos momentos mais emblemáticos da carreira do ator. Como se já não bastasse ele estar comemorando seu aniversário, chegando a cortar o bolo no palco, no segundo dia, Roberto receberia a notícia da morte de “Lady Laura”. Seu show seria suspenso e ele retornaria ao Brasil.
Assim, em poucas horas recebi informações jornalísticas curiosas e assisti a inexorabilidade da vida, seja pela história de vida de Chico Xavier, os shows de Roberto Carlos e a morte de “Lady Laura”. Vendo os registros destes momentos, percebo que ando tão acostumada a apenas ler ou receber de “segunda mão” os fatos que ando perdendo o prazer de assistir mesmo que não seja ao vivo momentos como estes e nestas horas, no sofá da minha casa, compreendo porque Roberto pedia para sua mãe o levar para casa.
PS: Falando em estrelas, aproveito para contar que, hoje, minha irmã esteve em contato com crianças que trabalham com os Jogos Boole, criados pelo meu pai, que disseram que sabiam que ele agora era um anjo. Mas não conseguiam entender como ele podia adivinhar que elas não gostavam de matemática.
No comments:
Post a Comment