Começo do ano e eu exausta. Faltando vontade para quase tudo. Menos comer e beber. Resultado? Quilos a mais e menos energia para qualquer atividade. Preguiça... Até de falar com os amigos. Aí já fica preocupante. Será que é depressão? Meu antigo e sempre mestre de teatro Zé Adão Barbosa dizia que se a gente não tem vontade de sair da cama, está deprimido. Ichhi! Então, estou assim desde os meus 12 anos. Não digo antes, pois, não me lembro, mas é provável.
Sou da noite, mas, ultimamente, nem isso. De manhã o corpo dói, não tenho ânimo. Bem aos pouquinhos vou me espreguiçando e me obrigo a sair da cama. Depois pego no tranco e daí não tem mais problema. Quer dizer, não muito. Basta eu pegar um trânsito complicado e essa falta de educação nas ruas para tirar o meu humor. Ah, isso sem falar no calor. Esse mesmo que tá aí junto com a “chuva”. Me deixa arrasada. Os ursos hibernam no inverno, mas, eu quero ir para minha toca é no verão quando a temperatura sobe. Ficar bem quietinha. Tá bem. Já sei. Não é privilégio meu. Começo a falar com as pessoas e está cheio de gente que, como eu, não está agüentando este clima birrento. Este ano parei de achar graça da lembrança de uma entrevista de emprego que fiz lá pelos anos 90 em janeiro e perguntei se eles tinham ar-condicionado. Era uma questão de honestidade. Se não tivessem, o meu rendimento não valeria o meu salário. Agora eu sei.
Mas essa modorra (será que existe mesmo esta palavra?) já está me assustando. Nem me reconheço. Como fazer planos para o ano assim? É, mas, se não faço, vem a culpa. Se não sei o que quero, daí mesmo é que não vou conseguir. Pronto. Está definido o meu destino. Ainda bem que nem eu me agüento assim. Então, aos poucos vai pintando uma reação aqui outra acolá. Revejo algumas coisas que pretendo fazer, vou tocando de mansinho alguns projetos, recomeço de leve os meus contatos. Isso sem falar em medidas mais emergenciais como consultar o médico, voltar às aulas de yoga e marcar sessões de Reiki. Não pretendo deixar o ano passar de Domingo a Domingo sem que eu faça algo que me dê prazer ou seja útil para alguém. Isso é certo. Penso em começar aos poucos lendo o livro de cabeceira Cinco minutos com Deus ou respirar mais fundo, sei lá, mas, algum jeito vou dar.
Parece meio estranho este tédio todo assim nos primeiros meses do ano, mas, se eu parar para pensar dá para entender. Não tive férias. Passei alguns poucos dias na praia na casa de outras pessoas, naquele tumulto que foram as areias aqui no Rio Grande do Sul e, obviamente, com muito pouca grana. É...trabalhar por conta tem suas vantagens. Afinal, fui para o cinema no meio da tarde um dia desses. Vou para o instituto de beleza em dia de semana e tantas outras coisas que a liberdade de horário me dá. Mas, sem chefe, sem salário e sem salário, sem férias. Daí esta sensação de que fiz muito, mas, não fiz nada. Não descansei nem um pouco. Passei o tempo todo desocupada. Coisas de libriana. Bem, pelo menos recuperei a vontade de voltar a escrever. Já é alguma coisa. E, hoje, pensei: a gente fala tanto em ser feliz. Para mim, em 2007, basta que eu seja alegre. Este é o meu plano e vou realizá-lo. Conto com vocês.
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