Quatro semanas sem fazer nada é muito.
Quatro semanas para terminar um projeto é pouco.
Quatro semanas com dor é muito.
Quatro semanas de vida é pouco.
Quatro semanas no hospital é muito.
Quatro semanas para entrar em forma é pouco.
Quatro semanas de exercício é muito.
Quatro semanas para perder aqueles quilos é pouco.
Quatro semanas sem dinheiro é muito.
Quatro semanas para conseguir dinheiro é pouco.
Quatro semanas esperando um pagamento é muito.
Quatro semanas esperando um visto é muito
Quatro semanas viajando é pouco.
Quatro semanas longe de quem ama é muito.
Quatro semanas para esquecer alguém é pouco.
Será que antes de fazer cálculos e fórmulas, Einstein pensou algo assim?
Os amigos me convenceram a começar o meu blog. Sou jornalista e mestra em artes cênicas. Sempre adorei escrever e tenho enviado textos para os meus conhecidos com uma certa frequência. Os assuntos? Os mais variados possíveis, mas, ligados as minhas experiências, ao que acho de tudo que está em minha volta. Gostaria de compartilhar com mais pessoas.
Saturday, March 26, 2011
Thursday, March 24, 2011
Blues Fúnebres
W. H. Auden
Que parem os relógios, cale o telefone,
jogue-se ao cão um osso e que não ladre mais,
que emudeça o piano e que o tambor sancione
a vinda do caixão com seu cortejo atrás.
Que os aviões, gemendo acima em alvoroço,
escrevam contra o céu o anúncio: ele morreu.
Que as pombas guardem luto — um laço no pescoço —
e os guardas usem finas luvas cor-de-breu.
Era meu norte, sul, meu leste, oeste, enquanto
viveu, meus dias úteis, meu fim-de-semana,
meu meio-dia, meia-noite, fala e canto;
quem julgue o amor eterno, como eu fiz, se engana.
É hora de apagar estrelas — são molestas —
guardar a lua, desmontar o sol brilhante,
de despejar o mar, jogar fora as florestas,
pois nada mais há de dar certo doravante.
Friday, March 11, 2011
Resultado da seleção de jurados para o Prêmio Revelação dos Projetos Teatro Aberto e Novas Caras
Os selecionados devem apresentar-se dia 15 de março, às 18:30, no Auditório do Atelier Livre do Centro Municipal de Cultura.
Maiores esclarecimentos através do e-mail premioscac@yahoo.com.br , com assunto “NOVOS JURADOS”.
Ariane Mendes
Camila Maria da Rosa Ribeiro
Cibele Donato dos Reis
Douglas Castro
Edgar Benitez
Helena Mello
Igor Silva Ramos
Joice Rossato Lima
Karine Capiotti
Liége Biasotto
Luciana Athayde Paz
Natasha Centenaro
Pablo Fernando Barbosa Damian
Patrícia Ragazzon
Patricia Sacchet
Plínio Marcos Rodrigues
Plinio Mosca
Renata Teixeira
Rita de Cassia Schell Réus
Roberto Mônaco
Rodrigo Ruiz
Rossendo Rodrigues
Tusnelda Marins
Ulisses Pimentel
Vinícius Mitto Navarro
Com o objetivo de abrir um espaço de aprendizagem para a formação de novos jurados, a CAC (Coordenação de Artes Cênicas) recebeu inscrições dos interessados em compor a comissão da primeira edição do Prêmio Revelação Mais Teatro.
A comissão será acompanhada pela equipe da CAC e por jurados experientes, buscando proporcionar uma prática de análise de espetáculos de prêmio norteada por conceitos comuns a todos e visão ética de trabalho no teatro.
Também será oferecido aos integrantes da comissão um workshop que pretende que os mesmos acessem informações sobre a recepção do espetáculo pelo público, e sobre a prática de trabalho de um jurado.
Fonte: Coordenação de Artes Cênicas
Maiores esclarecimentos através do e-mail premioscac@yahoo.com.br , com assunto “NOVOS JURADOS”.
Ariane Mendes
Camila Maria da Rosa Ribeiro
Cibele Donato dos Reis
Douglas Castro
Edgar Benitez
Helena Mello
Igor Silva Ramos
Joice Rossato Lima
Karine Capiotti
Liége Biasotto
Luciana Athayde Paz
Natasha Centenaro
Pablo Fernando Barbosa Damian
Patrícia Ragazzon
Patricia Sacchet
Plínio Marcos Rodrigues
Plinio Mosca
Renata Teixeira
Rita de Cassia Schell Réus
Roberto Mônaco
Rodrigo Ruiz
Rossendo Rodrigues
Tusnelda Marins
Ulisses Pimentel
Vinícius Mitto Navarro
Com o objetivo de abrir um espaço de aprendizagem para a formação de novos jurados, a CAC (Coordenação de Artes Cênicas) recebeu inscrições dos interessados em compor a comissão da primeira edição do Prêmio Revelação Mais Teatro.
A comissão será acompanhada pela equipe da CAC e por jurados experientes, buscando proporcionar uma prática de análise de espetáculos de prêmio norteada por conceitos comuns a todos e visão ética de trabalho no teatro.
Também será oferecido aos integrantes da comissão um workshop que pretende que os mesmos acessem informações sobre a recepção do espetáculo pelo público, e sobre a prática de trabalho de um jurado.
Fonte: Coordenação de Artes Cênicas
Tuesday, March 01, 2011
Entre o prazer e a dor da vida e da morte
Estava na praia. Completamente fora do mundo. Só vendo filmes, tomando banhos de mar, comendo, dormindo, namorando. Encarando apenas a tensão de enfrentar a chuva e a noite em quatro rodas. De olho na estrada e, principalmente, nos outros motoristas.
Vi ontem uma pessoa lendo o jornal na areia com uma tarja preta na capa e li: Adeus a...e não conclui a frase. Sabia que alguém importante tinha morrido, mas não quem. E continuei sem me preocupar. Logo estaria de volta a cidade e tomaria conhecimento de tudo que havia acontecido nos últimos dias. Não demorou muito para saber que havia sido Moacyr Scliar. Lastimei. Achei que ele se recuperaria. Ao mesmo tempo, acho melhor que ele não tenha sobrevivido para ser apenas um ínfimo do que já foi para sua família e para milhares de pessoas entre pacientes e leitores.
Hoje, pego o jornal e leio: “Fugi para não ser linchado”. Assim, fiquei sabendo que Ricardo Neis, funcionário do Banco Central havia atropelado ciclistas em Porto Alegre e o texto, baseado nas palavras dele, deixava “em aberto” a sua culpabilidade. Dizia que os ciclistas batiam no carro e o ameaçavam e que isso justificaria a sua atitude. Já tive este tipo de medo ao ver pessoas saindo dos estádios de futebol algariadas, alcolizadas e em bando se sentirem com mais coragem do que o normal. Então, por uns breves instantes, pensei que podia haver alguma fagulha de verdade nesta informação. Porém, bastou que eu olhasse o vídeo gravado pelos próprios ciclistas para ficar tomada de assombro. Com lágrimas nos olhos, segui assistindo ao carro passando em velocidade por cima de bicicletas e pessoas que mal tiveram tempo de perceber o que acontecia. Logo eu que fecho os olhos no cinema quando alguma cena ameaça mostrar algo do gênero estava ali assistindo aquela barbárie. Agora eu quero este motorista preso ou, no mínimo, internado. Ele não pode continuar pelas ruas. Não deve. Além de poder cometer outra ação cruel como esta, estará, realmente, ameaçado. Até porque agora ele não é mais apenas um motorista. Ele tem rosto. Tem nome.
Moacyr Scliar teve falência múltipla de órgãos. Foi sem saber que deixa um mundo com pessoas como esta, sem coração que, tão diferente dele, não tem respeito nenhum pela vida. As pessoas choram na morte, mas esquecem que viver e “conviver” com pessoas insensíveis é muito mais doloroso.
http://www.youtube.com/watch?v=AheHJMzrV1Q
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/fugi+para+nao+ser+linchado+diz+motorista+que+atropelou+ciclistas/n1238122593955.html
Vi ontem uma pessoa lendo o jornal na areia com uma tarja preta na capa e li: Adeus a...e não conclui a frase. Sabia que alguém importante tinha morrido, mas não quem. E continuei sem me preocupar. Logo estaria de volta a cidade e tomaria conhecimento de tudo que havia acontecido nos últimos dias. Não demorou muito para saber que havia sido Moacyr Scliar. Lastimei. Achei que ele se recuperaria. Ao mesmo tempo, acho melhor que ele não tenha sobrevivido para ser apenas um ínfimo do que já foi para sua família e para milhares de pessoas entre pacientes e leitores.
Hoje, pego o jornal e leio: “Fugi para não ser linchado”. Assim, fiquei sabendo que Ricardo Neis, funcionário do Banco Central havia atropelado ciclistas em Porto Alegre e o texto, baseado nas palavras dele, deixava “em aberto” a sua culpabilidade. Dizia que os ciclistas batiam no carro e o ameaçavam e que isso justificaria a sua atitude. Já tive este tipo de medo ao ver pessoas saindo dos estádios de futebol algariadas, alcolizadas e em bando se sentirem com mais coragem do que o normal. Então, por uns breves instantes, pensei que podia haver alguma fagulha de verdade nesta informação. Porém, bastou que eu olhasse o vídeo gravado pelos próprios ciclistas para ficar tomada de assombro. Com lágrimas nos olhos, segui assistindo ao carro passando em velocidade por cima de bicicletas e pessoas que mal tiveram tempo de perceber o que acontecia. Logo eu que fecho os olhos no cinema quando alguma cena ameaça mostrar algo do gênero estava ali assistindo aquela barbárie. Agora eu quero este motorista preso ou, no mínimo, internado. Ele não pode continuar pelas ruas. Não deve. Além de poder cometer outra ação cruel como esta, estará, realmente, ameaçado. Até porque agora ele não é mais apenas um motorista. Ele tem rosto. Tem nome.
Moacyr Scliar teve falência múltipla de órgãos. Foi sem saber que deixa um mundo com pessoas como esta, sem coração que, tão diferente dele, não tem respeito nenhum pela vida. As pessoas choram na morte, mas esquecem que viver e “conviver” com pessoas insensíveis é muito mais doloroso.
http://www.youtube.com/watch?v=AheHJMzrV1Q
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/fugi+para+nao+ser+linchado+diz+motorista+que+atropelou+ciclistas/n1238122593955.html
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